Após quase 12 anos de espera, a Proposta de Emenda Constitucional 115/150/95 finalmente poderá ser votada. Ambientalistas e instituições se mobilizam chamando a população para participar do abaixo-assinado que pede ao senado a aprovação do projeto apresentado pelo Deputado Federal Pedro Wilson (PT/GO), que pretende reconhecer os biomas Cerrado e a Caatinga como patrimônio nacional.
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Com a aprovação da PEC será possível adotar medidas mais eficazes de preservação desses biomas tão importantes quanto a Mata Atlântica, a Zona Costeira, e o Pantanal, já reconhecidos como patrimônio nacional, segundo a constituição de 1988.
Os biomas do cerrado e caatinga têm sofrido altos índices de desmatamentos e devastações, o equivalente a três vezes mais do que o verificado na Amazônia, afirmou o diretor da ONG Ecodata, Donizete Tokarski, um dos organizadores do Seminário de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Alto Tocantins, que também acusa os empreendimentos de usinas hidrelétricas na região de serem um dos principais fatores para a destruição de espécies no local.
Os biomas do Cerrado e da Caatinga são considerados um dos mais antigos do planeta, segundo dados do Instituto do Trópico Sub-Úmido da Universidade Católica de Goiás, que afirma que a biodiversidade da área é riquíssima. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)) mostram que a área ambiental do Cerrado e da Caatinga agrega cerca de 33,3% do território nacional, com mais de 11.627 espécies de plantas , 200 espécies de mamíferos, 840 espécies de aves, 250 espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios e 1200 espécies de peixes.
Os pesquisadores do Instituto do Trópico Sub-Úmido, da Universidade Católica de Goiás, alertam para que sejam tomadas providências, pois estimam que, se os desmatamentos e as devastações continuarem, em 2030 não haverá mais nenhum resquício destes biomas no país.
(Adital, 30/07/2008)