A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) recebeu no dia 24 de julho de 2008, ofício do Gerente de Fiscalização da Fatma (órgão de fiscalização ambiental de Santa Catarina), André Adriano Dick,em resposta à carta da Apremavi, de 24 de março de 2008, denunciando poluição ambiental ocorrida em Atalanta de autoria da Empresa de Malhas Atalanta Ltda.
O ofício afirma que a vistoria de fiscalização foi realizada nos dias 16 e 17 de junho de 2008, ou seja, três meses após a ocorrência do dano, e que no momento da vistoria a empresa se encontrava fechada por não possuir as devidas licenças ambientais.
No documento consta que a empresa protocolou junto à Fatma, em maio de 2008, o pedido de todas as licenças ambientais, ao mesmo tempo: Prévia, de Instalação e de Operação. “Isso prova que a empresa não possuia nem licença para se instalar, quanto mais para operar, fato gravíssimo, tendo em vista que os procedimentos de licenciamento ambiental são muito claros e nenhum empreendimento pode funcionar sem ter obtido as mesmas”, afirma nota da Apremavi.
Dejetos de Tinturaria
O lançamento de dejetos de tinturaria, dia 13 de março, poluiu completamente o Rio Dona Luiza, no centro da cidade de Atalanta, alcançando também o Parque Natural Municipal Mata Atlântica. O crime ambiental foi testemunhado por técnicos da Apremavi, do Grupo Pau-Campeche e da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses.
Segundo a Apremavi, “este crime ambiental coloca em risco toda a vida da fauna existente no parque, seja a vida aquática, quanto os animais que se alimentam de peixes e crustáceos ou que bebem a água do rio. Ao mesmo tempo ameaça as atividades agrícolas nas propriedades por onde passa o rio”.
(EcoAgência, com informações da Apremavi, 30/07/2008)