Após duas tentativas fracassadas de leiloar o gado apreendido na operação "Boi pirata" --que confiscou cerca de 3.000 animais criados em áreas desmatadas--, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) viu sua estratégia de ajudar o Fome Zero prejudicada pela Justiça. A informação é do blog do Josias.
O ministério, que criou a operação como forma de combater o desmatamento ilegal no país, realizou o terceiro leilão do rebanho nesta segunda-feira (28). Mesmo com redução de 60% no lance inicial --que caiu de R$ 3,151 milhões para R$ 1.445 milhão--, o leilão permaneceu esvaziado.
Segundo o blog, o desembargador Olinto Herculano de Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou que não deveria ser aceito "nenhum lance inferior ao preço de mercado, como tal entendido o valor mínimo de R$ 3.151.530,35, cotado para o leilão."
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Flávio Montiel, atribuiu à decisão judicial o infortúnio.
Na próxima terça-feira (5) o ministério realizará o quarto --e último-- leilão dos "bois piratas".
Leia a matéria completa no blog do Josias.
Operação Boi Pirata
O ministro Carlos Minc anunciou, no início do mês, a estratégia de apreensão de bois. O lote colocado em leilão representa um rebanho de 3.000 cabeças de gado apreendidas em Altamira (PA), na região da Terra do Meio, na Amazônia.
Em sabatina realizada pela Folha, Minc afirmou que desde que a operação começou, no início do mês, já foram apreendidos cerca de 12 mil cabeças de gado.
"Fizemos no mês passado, pela primeira vez na historia desse país, leilão de soja e de madeira, e vamos fazer leilão de gado", afirmou o ministro, durante a sabatina, fazendo referência a maneira com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma citar feitos de seu governo.
(Folha Online, 29/07/2008)