O jornalista Reges Schwaab conta como os funcionários dos supermercados ainda não sabem lidar bem com quem não quer usar as sacolas de plástico. Segundo ele, os funcionários argumentam que a sacolinha prova que você pagou pelo produto.
O relato dele está abaixo:
“Há algum tempo tenho o hábito de usar as sacolas de plástico apenas quando não há mesmo outra alternativa. O que comentei no blog acontece, por exemplo, em pequenas compras como um CD, uma revista, uma caneta ou até uma passada rápida na farmácia. Quando o caixa não fica próximo à saída da loja, geralmente os funcionários argumentam que a sacolinha prova que você pagou pelo produto. Sem sacolinha o cliente pode ser barrado na porta. E o meu argumento que a notinha ou cupom fiscal tem a mesma função nem sempre adianta.
“Na maioria dos casos é comum você ter de repetir várias vezes que não quer sacola. O mais engraçado é que a pessoa geralmente não presta atenção nenhuma porque embalar o produto, tenha ele o tamanho que tiver, parece um processo totalmente mecânico.
“Como ando sempre com pasta ou mochila, posso muito bem acondicionar ali as minhas compras, é o que sugiro.
“Bem, além de diminuir o consumo, para muitas compras eu e minha esposa temos optado por estabelecimentos próximos de casa. A chance de você se tornar conhecido facilita o diálogo. Também diminuimos muito as idas ao supermercado, o que reduz substancialmente a plastificação. No mais, a sacola de pano tem sido nossa companheira.
“Além disso, somos freqüentadores de uma feira ecológica semanal aqui em Porto Alegre (uma das mais antidas do país) que adota, uma vez por mês, o dia sem sacolas plásticas e está conseguindo disseminar a cultura da sacola de pano ou outro material, que deve ser trazida de casa. E é nesta feira que compramos praticamente todos os produtos para alimentação, da farinha aos legumes e verduras, passando pela erva-mate para o tradicional chimarrão.”
(Por Alexandre Mansur, 29/07/2008)