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mata atlântica floresta de araucárias
2008-07-29
Usualmente, quando a imprensa se volta ao sistema penal é para conferir mazelas como superlotação ou, na pior hipótese, para cobrir rebeliões. Ontem à tarde, porém, uma visita de jornalistas à Colônia Penal Agrícola localizada na cidade de Piraquara, no Paraná, teve por objetivo expor ao grupo um projeto que mescla ganhos sociais e ambientais.

Batizada de Programa Gralha Azul, a ação é coordenada pela Risotolândia Refeições Coletivas, que presta serviços de fornecimento de alimentação ao sistema penal. O objetivo é proporcionar a ressocialização desses detentos. Na prática, eles plantam mudas de Araucária – conhecida também como Pinheiro do Paraná e árvore símbolo do estado. Com a atividade, obtêm redução da pena, a razão de um dia a menos para cada três trabalhados.

O plantio começa normalmente no mês de junho e agora está em fase de conclusão. As mudas são doadas por órgãos públicos, entidades filantrópicas e também pela própria comunidade.

“Entendendo que o equilíbrio e o respeito ecológico entre fauna, flora e recursos hídricos é fundamental para a sobrevivência do homem, surgiu a parceria entre a Risotolândia e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, através do Departamento Penitenciário do Estado (Depen) e da Colônia Penal Agrícola (CPA)”, disse a AmbienteBrasil Henriana Wzoreck, gerente comercial da empresa.

Segundo ela, o projeto, iniciado em junho de 2005, tem como meta que sejam plantadas 10 milhões de mudas no prazo de 10 anos.

“O plantio das mudas agrega valores de promoção humana e consciência ecológica, pois existe recuperação das áreas devastadas e o desenvolvimento profissional dos internos que participam do programa”, diz ela, registrando que o projeto foi idealizado pelo empresário Carlos Antonio Gusso, diretor presidente da Risotolândia, que, na prática, já demonstrava preocupação com a preservação da Araucária ao plantar a espécie em suas propriedades particulares rurais.

Para o diretor da Colônia Penal Agrícola, Lauro Luiz Cézar Valeixo, o projeto fortalece as noções de cidadania para os presos. “Esses internos já cumpriram parte de suas penas em regime fechado. Por necessitarem de um contato maior com a sociedade, para a qual vão passar as informações da importância do reflorestamento e da preservação do meio ambiente, tornam-se multiplicadores”, afirma.

Lenda e verdade

O nome do projeto é uma alusão à ave que também é um ícone paranaense, a Gralha Azul. Conta a lenda que uma gralha negra, recolhida num galho de pinheiro, foi acordada pelo som dos golpes de um machado. Assustada, voou para não presenciar a cena de morte do pinheiro. Lá no céu, ouviu uma voz pedindo para que retornasse aos pinheirais, pois assim ela seria vestida de azul celeste e passaria a plantar pinheiros. A gralha aceitou a missão e foi totalmente coberta por penas azuis, exceto ao redor da cabeça, onde permaneceu o preto dos corvídeos. Voltando à terra, passou a espalhar a semente da araucária.

Essa lenda na verdade reproduz um fato. A Gralha Azul tem o hábito de enterrar pinhões, segurando-os com o bico de forma que a parte mais pontiaguda lhe permita introduzi-los no solo mais facilmente. Encontrado o local correto, ela pressiona-os a entrar, conferindo-lhes golpes com o bico, até a completa introdução. Diz-se que um só animal é capaz de, assim, "plantar" 3.000 pinheiros por hectare.

(Por Mônica Pinto / AmbienteBrasil, 28/07/2008)

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