Análises químicas não revelaram a presença de metais pesados no papel jornal utilizado na fabricação de argamassa composta, Isto indica que, em princípio, a argamassa celulósica não apresenta efeitos prejudiciais à saúde. -A técnica de análise utilizada não permite assegurar a ausência das substâncias analisadas, mas podemos afirmar que, se presente, sua concentração não atinge o limite de detecção do aparelho, afirma Célia Maria Martins Neves, coordenadora do Projeto Habitare, que, em Salvador, estuda a aplicação do papel jornal como matéria-prima para a produção de um tipo especial de argamassa. Assim como o papel reciclado, outras fibras naturais, como a do sisal e da piaçava, também podem ser aproveitadas na composição de argamassas celulósicas. Entretanto, devido a vulnerabilidade dessas fibras ao meio alcalino das matrizes de cimento, o composto necessitaria da adição de outras substâncias para neutralizar esse efeito e aumentar a durabilidade.