Faltando pouco menos de duas semanas para o início dos Jogos Olímpicos, os atletas têm razão de estar preocupados com a qualidade do ar, alertou o Greenpeace na apresentação de um relatório sobre o desempenho meio ambiental de Pequim nesta segunda-feira.
"Há razões para que todos, incluindo os atletas e os organizadores, estejam preocupados com a qualidade do ar. As emissões de PM10 (pequenas partículas poluentes sólidas) não estão sequer nos padrões nacionais, o que dizer sobre os da OMS (Organização Mundial da Saúde)", questionou Lo Sze Ping, diretor de campanha do Greenpeace China.
"O Greenpeace reconhece as conquistas na melhora da qualidade do ar na última década em Pequim. Mas a situação ainda não é suficientemente boa, era possível que fizessem mais", afirmou Lo. O relatório comenta sobre as conquistas da China para combater a poluição, como a promoção do transporte público, mas indica muitos fracassos do país desde que foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos, em 2001.
Entre eles, cita medidas para uma produção mais limpa em toda a região de Pequim e não só na cidade; uma maior transparência com os dados, e o uso de tecnologias para poupar água não só nas sedes olímpicas, mas em toda a capital.
"A criação de novos lixões e o aumento da incineração para tratar o lixo são falhas no momento de utilizar os Jogos como uma oportunidade para avançar rumo a uma política de 'lixo zero'", diz o texto Greenpeace. Além disso, a organização ambientalista concorda com as pessoas que afirmam que as iniciativas adotadas por Pequim para melhorar sua situação meio ambiental não são suficientes, apesar de os níveis de poluentes terem diminuído.
(Efe, Folha Online, 28/07/2008)