Seis projetos para criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do Espírito Santo estão aprovados. Os projetos disputaram recursos do VI Edital que incentiva a criação de RPPNs na mata atlântica. Um projeto para elaboração de plano de manejo também foi aprovado, mas nenhum projeto do Estado para criação de RPPNs “em conjunto” foi aprovado.
O Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) da Mata Atlântica é coordenado pela Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, uma parceria entre as ONGs Fundação SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional e a The Nature Conservancy (TNC). O resultado do edital foi divulgado nesta quinta-feira (24).
As organizações informam que, no país, o programa destinará R$ 535 mil a 39 projetos. Destes, para “criação individual” serão beneficiadas no Espírito Santo as RPPNs Luiz Caxeiro, Linda Patrícia, Olívio Daleprani, Barro Branco, Sítio Preservação e Alto Gururu.
Os organizadores do edital não informaram os municípios onde as unidades de conservação serão criadas. Para elaboração de plano de manejo, foi aprovado o projeto da RPPN Três Pontões.
No total do país foram apresentadas 97 propostas. O número é recorde na história do programa, como informam os organizadores. Além das RPPNs no Espírito Santo, foram aprovados projetos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, localizados nas regiões do Corredor da Serra do Mar, no Corredor Central (Ecológico) da Mata Atlântica, no Corredor do Nordeste e na Ecorregião Florestas com Araucária.
Os organizadores informam ainda que as propriedades contempladas no edital devem ampliar 4.500 hectares de área protegida por meio da criação das novas reservas e apoiar o plano de manejo de 2.000 hectares em RPPNs existentes na floresta mais ameaçada do Brasil.
Os corredores são uma estratégia de conservação utilizada desde o início do programa para a proteção da biodiversidade em diferentes escalas, buscando a representação de diferentes ecossistemas, o manejo integrado da rede de unidades de conservação, contribuindo para manter ou incrementar a conectividade da paisagem. As estimativas indicam que, se adequadamente manejados, esses corredores podem, coletivamente, proteger 75% das espécies ameaçadas da mata atlântica.
O programa tem contribuído para aumentar em quase 50% o número de RPPNs no bioma, mostrando, por um lado, o interesse de proprietários de terra com a conservação e, por outro, o grande potencial dessa categoria de Unidades de Conservação (UCs) para fortalecer as políticas de proteção da mata atlântica.
Veja os projetos aprovados para criação de RPPNs no paísCriação individualRPPN EK TRÊS RIOS – SC
RPPN Sentinela da Serra- SC
RPPN Luiz Caxeiro – ES
RPPN Linda Patrícia – ES
RPPN Olívio Daleprani – ES
RPPN Barro Branco – ES
RPPN Tico Tinga – BA
RPPN Sítio Preservação – ES
RPPN Alto Gururu – ES
RPPN Rancho Letty – BA
RPPN em Potiraguá (Preserva) – BA
RPPN Cachoeira de Roça Grande – MG
RPPN Jurerê – MG
RPPN Serra do Ribeirão – MG
RPPN Retiro do Joka – MG
RPPN Serra dos Lobos – MG
RPPN em Antonina – PR
RPPN Vipassana – RJ
RPPN Sitio da Luz – RJ
RPPN Cachoeiras dos Ribeiros – MG
RPPN Jussara – SP
RPPN Serra dos Itatins – SP
RPPN Recanto da Floresta- SP
Em conjuntoCriação de 05 RPPNs, Instituto Nossa Casa – SC
Criação de 05 RPPNs, Preservação – PR
Criação de 06 RPPNs, Instituto Água Boa – BA
Criação das RPPN Resgate V e VI, Fundação Vida e Meio Ambiente – MG
Criação de 02 RPPNs em Além Paraíba, Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental – MG
Criação de 11 RPPNs no RJ, Associação do Patrimônio Natural – RJ
Plano de ManejoRPPN Tarumã – PR
RPPN Leão da Montanha – SC
RPPNs Moreira Salles e Santo Antonio – PR
RPPN Três Pontões – ES
RPPN Paraíso- BA
RPPN Reserva Natural Brejo- PE
RPPN São Benedito- RJ
RPPN Rio das Lontras- SC
RPPN Mitra do Bispo- MG
RPPN Alto Gamarra- MG
(Por Ubervalter Coimbra,
Século Diário, 25/07/2008)