Iniciada na terça-feira (22/07), em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, a Marcha Estadual por Reforma Agrária deverá chegar na capital nesta quinta-feira (24/07). Em Porto Alegre, os trabalhadores participarão de uma audiência pública no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), às 13 horas, para tratar da política de assentamentos no estado.
A Marcha pretende cobrar o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta assinado pelo órgão e pelo Ministério Público Federal, há oito meses, no encerramento da Marcha à Fazenda Guerra. Pelo acordo, o Governo Federal se comprometia em assentar mil famílias até abril passado e outras mil famílias até o final deste ano. Até o momento, menos de 40 famílias de agricultores foram assentadas no período. Os Sem Terra protestam contra a criminalização dos movimentos sociais e contra os altos preços dos alimentos.
“O Trabalhador na cidade está pagando mais caro pela comida porque as terras estão sendo utilizadas para plantar mais eucalipto e mais soja para combustível, diminuindo os alimentos”, afirma Ana dos Santos, da integrante da coordenação estadual do MST gaúcho. “Com a reforma agrária, podemos gerar mais emprego e produzir mais alimentos, como os assentamentos da região de Porto Alegre que produzem 2 milhões de toneladas de arroz ecológico”.
(MST, 23/07/2008)