(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2008-07-24

A crise no campo argentino acabou, mas na política continua. O chefe do gabinete de ministros, Alberto Fernández, renunciou ao cargo depois de tê-lo ocupado durante os últimos cinco anos, que incluíram todo o governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e os oito meses do de Cristina Fernández. Os Kirchner sempre confiaram em poucas pessoas para tomar as decisões, e Alberto Fernández pertencia a esse círculo íntimo. Um jovem dirigente peronista, Sérgio Massa, vai substituí-lo.

O chefe de gabinete, que é uma espécie de primeiro-ministro, se demitiu para "oxigenar" a gestão da presidente e porque "é preciso lhe dar liberdade", segundo fontes próximas ao político demissionário. O presidente da União Cívica Radical (UCR), de oposição, Gerardo Morales, interpretou que Alberto Fernández pretendia que a própria Cristina Fernández governasse, e não que o país continuasse conduzido de fato por seu marido e atual presidente do partido peronista.

O confronto entre Kirchner e Alberto Fernández ocorreu durante o conflito agrário. O chefe de gabinete tinha se encarregado pessoalmente da negociação com as entidades rurais, que realizaram quatro greves contra o aumento do imposto sobre a exportação de soja, e havia defendido a moderação dentro do governo. Em troca, Néstor Kirchner era partidário de não ceder diante dos agricultores, alegando que por trás do protesto havia grandes grupos econômicos que queriam derrubar o governo de sua mulher.

Alberto Fernández também recebeu críticas no peronismo por ter promovido dois personagens que caíram em desgraça para os Kirchner: Martín Lousteau, que foi o ministro da Economia que idealizou o aumento tributário da soja, e o radical kirchnerista Julio Cobos, vice-presidente do governo e presidente do Senado, que na última quinta-feira votou contra a lei que ratificaria o aumento fiscal e o derrubou.

Mas Alberto Fernández não quer sair sozinho. Pretende que também renuncie seu rival no governo, o ministro do Planejamento Federal, Julio de Vido, homem de confiança de Kirchner e que conduz as relações com empresas espanholas como Repsol YPF, Endesa, Telefónica e Marsans. Também pretende que saíam dois subalternos de Vido: os secretários do Comércio Interior, Guillermo Moreno, conhecido por empresários e técnicos de estatísticas pelos métodos autoritários que usa para conseguir seus objetivos, e o do Transporte, Ricardo Jaime, o funcionário que acumula mais causas judiciais contra ele no governo argentino.

O radical Morales reclamou o afastamento desses três e também o do ministro da Economia, Carlos Fernández, porque argumenta que "na realidade não há ministro" e só cumpre o que Kirchner ordena. Uma vez terminada a crise agrária com o adiamento do aumento do imposto na última segunda-feira, governadores de províncias peronistas e dirigentes de outros partidos da oposição, como a Coalizão Cívica de Elisa Carrió e o conservador Mauricio Macri, haviam pedido mudanças no gabinete.

Alberto Fernández, peronista de 49 anos, havia ocupado um cargo técnico no governo de Carlos Menem (1989-1999) e em 2000 integrou uma coalizão conservadora encabeçada pelo ex-ministro da Economia Domingo Cavallo. No entanto, em 2003, quando Néstor Kirchner assumiu o poder com o discurso da esquerda peronista, confiou em Fernández para dirigir o gabinete.

(Por Alejandro Rebossio, El País, UOL, 24/07/2008)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -