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2008-07-23
Metade das empresas filiadas à Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen-SP) teme pela produção brasileira de gás natural nos próximos anos, porque acreditam que haverá problemas de restrição de oferta, o que pode ter impacto negativo no desenvolvimento de projetos.

A afirmação é do vice-presidente da entidade, Carlos Roberto Silvestrin, para quem o receio é um empecilho à concretização de projetos de co-geração energética. “Eles acham que não vamos ter uma expansão da oferta de gás nos próximos três ou quatro anos”, disse hoje (22), ao participar do Fórum Oportunidades para Co-Geração a Gás e Biomassa, realizado na cidade de São Paulo.

“Enquanto não se conseguir adicionar oferta adicional ao gás [hoje adquirido da Bolívia e produzido no Brasil], teremos algumas restrições de oferta, o que retarda o desenvolvimento de projetos”, afirmou.

Segundo Silvestrin, embora estejam previstos, no período que vai de 2009 a 2014, investimentos da ordem de US$ 140 bilhões no setor de óleo e gás, o gás natural ainda deve demorar a chegar ao mercado devido à complexidade do sistema produtivo (plataformas, unidades de processamento, gasoduto e redes de distribuição).  

Outro problema apontado pelo dirigente é que a atual produção é direcionada, prioritariamente, às usinas termoelétricas da Petrobrás.

De acordo com Silvestrin, no Brasil, o mercado de co-geração tem muito a se expandir, podendo vir a responder por 15% do total da energia produzida em 2020. Segundo ele, hoje, as centrais de co-geração já respondem por mais de 6 mil megawatts de energia, sendo 2 mil megawatts obtidos a partir do uso do gás natural e o restante, com a utilização biomassa. “Já é significativo. Seria quase metade de uma Itaipu [obtidos] por meio da co-geração”, disse.

O vice-presidente da Cogen-SP destacou ainda que estão previstos investimentos da ordem de R$ 30 bilhões nos dois processos de co-geração, para os próximos anos. Silvestrin lembrou ainda que estão em desenvolvimento novos projetos que, juntos, seriam capazes de produzir mais 500 megawatts de energia.

“Só falta um sinal da disponibilidade do gás para que eles sejam executados. [A co-geração] é um espaço crescente que vai depender, de um lado, que haja fonte de biomassa, mas principalmente da expansão da rede de gás”, avalia Silvestrin. “Temos um mercado potencial já identificado. São projetos de pequeno e médio porte a serem realizados pela iniciativa privada”.

A co-geração é a produção simultânea e seqüenciada de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível. Caracterizado por projetos de pequeno e médio porte, tocados pela iniciativa privada, o processo mais comum é a produção de eletricidade e energia térmica a partir do uso do gás natural ou da biomassa.

Silvestrin cita como exemplo uma indústria de refrigerantes de São Paulo em cuja planta o gás natural é empregado nos geradores de energia elétrica. Simultaneamente, o vapor resultante da combustão do gás natural é transformado em água quente e outros gases utilizados na produção do refrigerante. “Isso dá uma eficiência energética [aproveitamento] em torno de 94% da energia do gás utilizado”, explicou.

Para Silvestrin, a maioria dos entraves legais – como os que surgiam durante o processo de licenciamento ambiental - a iniciativas de co-geração de energia já foram resolvidos. “Hoje, eu diria que o território da regulamentação está concluído. Há toda uma nova legislação de ajuste, são mais de 20 itens de normas regulatórias implementadas. Evidente, sempre será necessário fazer ajustes, mas temos hoje uma plataforma regulatória que nos permite desenvolver qualquer projeto de co-geração”.

(Agência Brasil, 22/07/2008)

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