No dia 8, terça-feira, no parque da Afubra, foi apresentado o levantamento da safra de girassol 2007/08. A lavoura de girassol cultivada de forma experimental em Passo do Sobrado faz parte de projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário e tem como executores a Afubra e a Prefeitura. A variedade cultivada é a L250, própria para produção de biodiesel.
Este é o segundo ano em que o projeto é experimentado no município. O convênio funciona da seguinte forma: a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente prepara o solo disponibilizado por algum produtor, enquanto a Afubra fornece a semente, os insumos e o acompanhamento técnico.
O projeto é executado em 22 municípios do Vale do Rio Pardo e Taquari, com um produtor em cada. Em Passo do Sobrado, Alexandro Hotscheidt plantou em sua propriedade no mês de novembro do ano passado. A colheita foi nesse primeiro semestre.
Na apresentação de 8 de julho, estavam o secretário de Agricultura Edemar de Azeredo, o técnico agropecuário Maikel Moraes e o produtor Alexandro Hotscheidt, executor do projeto em sua propriedade. Durante a apresentação, foram abordados dados comparativos ao ano anterior.
O técnico da Afubra responsável pelo projeto, Nataniel Sampaio, relata que o girassol produzido em Passo do Sobrado é um dos destaques. Nataniel salientou que o projeto ainda está em fase de teste. Segundo ele, nesse momento não é fomentada a produção de girassóis como cultura para substituir outras, mas apresentar uma outra produção para agregar renda à propriedade. “Como estamos em período de testes, estamos organizando os custos de produção, seja colheita ou plantio. O próximo passo é organizar cooperativas e associações para baratear os custos de beneficiamento do grão”, projeta.
A produção de girassol proveniente desses 22 municípios é beneficiada na estação experimental da Afubra em Rincão Del Rey, Rio Pardo. Na avaliação de Nataniel, o biodiesel vem aprovando. Tanto que a Afubra pretende dar continuidade no projeto. No município, o produtor Alexandro Hotscheidt, mesmo sem ter ainda o biodiesel à disposição, vai participar do experimento na próxima safra.
O projeto prevê que 75% do total produzido volta ao produtor, sendo que 60% em torta - destinada à ração animal - e 40% em óleo. Apenas 25% do produto fica com a Afubra. Cada 100 kg da planta pode render até 40 litros de óleo.
(Por Filipe Faleiro Machado, Folha do Mate, 20/07/2008)