A mineradora MMX negou irregularidades na transação que resultou no direito de exploração do porto de Santana (AP) pela empresa.
Em nota, afirma que "a área do porto de Santana foi regularmente adquirida pela MMX Amapá da empresa Amcel [que era dona do domínio útil da área da Tocantins Mineração] no final de 2006, por cerca de R$ 26 milhões, com autorização expressa da União".
A autorização é respaldada pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), que descartou envolvimento em qualquer tipo de irregularidade no negócio.
A MMX também negou envolvimento com o advogado Antônio Tavares Vieira Netto, que à época representava a mineradora Alto Tocantins. Laudos da PF apontam que ele usou documentos falsificados para declarar a renúncia da Alto Tocantins à exploração do porto à revelia da empresa.
O advogado afirmou que o perito criminal Ricardo Molina, da Unicamp, "fez um laudo apontando uma série de falhas da PF na confecção dos laudos e atestando a veracidade constante em todos os documentos". Ele acusa a PF de falsa perícia.
O advogado diz "ter informações" de que o dono da Tocantins Mineração, Jorge de Carvalho, "manipulou as perícias", por meio de um ex-delegado da PF que hoje seria advogado de Carvalho.
(Agência Folha, Folha de S. Paulo, 18/07/2008)