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eucalipto aracruz/vcp/fibria
2008-07-17
O Espírito Santo já tem pelo menos um terço dos plantios de eucalipto que são necessários para os projetos de expansão da transnacional Aracruz Celulose no Brasil até 2015. Para execução de seus projetos, a empresa demanda 600 mil hectares com eucalipto, dos quais o Espírito Santo já tem 200 mil hectares plantados. Esta terra é tomada do plantio de alimentos.

Somado as terras com outras destinações, a transnacional deverá chegar próximo de ser dona de um milhão de hectares de terras no Brasil. Parte dos seus plantios de eucalipto será feito por terceiros, que participarão do chamado Programa Produtor Florestal.

Esta semana a empresa anunciou que construirá uma fábrica em Governador Valares, Minas Gerais. Produzirá 1,4 milhão de toneladas de celulose por ano. A Aracruz Celulose entende ainda que a região tem suporte para outras duas fábricas do mesmo tamanho.

Como um dos principais impactos ambientais dos plantios de eucalipto em Minas Gerais, o Rio Doce vai secar. O eucalipto é voraz consumidor de água e é usado até para secar pântanos. Também a produção de celulose consome muita água: para cada tonelada de celulose produzida são necessários 120 mil litros de água.

Haverá ainda poluição do ar e o esgotamento da fábrica transformará o Rio Doce em um gigantesco esgoto. Haverá prejuízos econômicos, com perda principalmente para os pequenos produtores que participarem do Programa Produtor Florestal, plantando eucalipto para a empresa.

A Aracruz Celulose anunciou que para atender a demanda da fábrica em Minas Gerais plantará eucalipto em até 80 mil hectares de terras próprias. A Aracruz Celulose anunciou que está comprando ainda outros 70 mil hectares de terras.

A empresa reconhece que serão necessários ainda outros 40 mil hectares de plantios de eucalipto que serão feitos por aproximadamente 1600 fazendeiros participantes do programa de fomento da empresa (uma média de 25 hectares por contrato). Em Minas Gerais, o Vale do Aço já foi transformado em imenso eucaliptal que atende à Cenibra.

Hoje para abastecer as suas três de fábricas em Barra do Riacho, no município de Aracruz, norte do Estado, a Aracruz Celulose tem pelo menos 200 mil hectares de eucaliptos no Espírito Santo, mas os ambientalistas e agricultores afirmam que a empresa tem cerca de 250 a 300 mil hectares. A capacidade de produção da transnacional nas fábricas A, B e C passou para 2,33 milhões de toneladas anuais, um aumento de 9%.

Como a meta da transnacional é produzir no país 7 milhões sete milhões de toneladas em 2015, o dobro do que fabrica hoje, passando a responder por 25% da oferta mundial por celulose de fibra curta, sua especialidade, a empresa terá que ter pelo menos 600 mil hectares de eucalipto no Brasil.

No seu relatório de 2006 a Aracruz Celulose assumiu ter um latifúndio de 279 mil hectares de plantios eucalipto, além de outros 154 mil hectares nos estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Além dos projetos de expansão já assumidos pela Aracruz Celulose na Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, não está descartada uma quarta fábrica no Espírito Santo. É que o governo Paulo Hartung vem criando todas as facilidades para expansão da base de produção de eucalipto no Estado.

(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 16/07/2008) 

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