O nome já lembra: Santa Vitória do Palmar. O município conhecido pela plantação de palmeiras, hoje está preocupado com a extinção de uma das espécies da árvore: a palmeira Butia capitata. Pensando nisso, alunos do curso de pós-graduação em Educação Ambiental da Universidade Aberta do Brasil (UAB-Furg), em Santa Vitória, deram início a um projeto de preservação da espécie.
Na rua principal da cidade já foram plantadas mais de 20 mudas e a expectativa é, até outubro, plantar mais de mil. Segundo a aluna e idealizadora da atividade, Maria Inara Tavares, o projeto visa sensibilizar a comunidade diante da ameaça de extinção dos palmares de Santa Vitória do Palmar. ”Queremos indicar os fatores responsáveis por essa degradação, além de destacar a importância histórica dos palmares para a cidade”, explicou. Outra aluna do curso, Guacira Santos, disse que outras ações já estão programadas como a criação de viveiros e a parceria com produtores que tenham mudas da espécie. ”Pedimos que as pessoas que tenham mudas das palmeiras Butia capitata façam doações para que possamos plantar e fazer com que Santa Vitória volte a ser conhecida como a cidade dos palmares”, analisou.
Multiplicadores
Para atrair crianças e adolescentes para a questão da preservação dos palmares no município, a turma do curso de pós-graduação tem recebido colaboração e participação nas ações, dos alunos da Escola Municipal Duque de Caxias. Junto com funcionários da Secretaria Municipal da Agricultura os estudantes também fizeram o plantio de mudas de palmeira em frente à escola que eles estudam. “As propostas apresentadas nesse Projeto de Ação de Educação Ambiental, envolvem um conjunto amplo de atividades e ações individuais e coletivas, educandos, educadores e comunidade. A abordagem do tema será feita na forma de estudos, palestras, filmes, saída de campo e práticas de reflorestamento”, avaliou a aluna do curso de pós e professora da escola, Maria Inara Tavares.
Preservação é lei
Uma lei municipal estabelece proteção, para fins de preservação permanente do patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ambiental local, dos espécimes da palmeira denominada Butia capitata, existentes no território do município.
(Por Lisandra Reis, Diário Popular, 17/07/2008)