A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria da Graça Foster, esteve segunda-feira (14/07) na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), onde se reuniu com empresários e parlamentares da bancada federal gaúcha, para falar sobre a possibilidade de implantação no Estado de um terceiro terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da empresa.
A executiva descartou qualquer influência política na escolha do local para receber a planta de regaseificação, ao garantir que vai depender estritamente de análise técnica. Embora deputados gaúchos tenham formado uma Comissão de Representação Externa exatamente para acompanhar os estudos da Petrobras e convencê-la da viabilidade do Distrito Industrial do Rio Grande.
Quanto ao volume de produção, Maria Foster disse que será determinado por leilão, o qual espera que seja realizado em agosto próximo para que em meados de novembro a empresa possa definir o local onde a planta será construída.
“É preciso que haja uma certa estabilidade ambiental para que a gente possa fazer esse investimento, que é bem alto, para que tenhamos sucesso no empreendimento”, afirmou.
Há exatos 30 dias atrás, o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, coordenou o início da mobilização para a instalação no Estado da planta da Petrobras. "É uma questão de extrema importância para o desenvolvimento industrial do Estado. Uma matriz energética diversificada é fundamental para atrair novos investimentos e para garantir o suprimento de gás ao parque fabril existente" argumentou Tigre.
Entre os principais argumentos favoráveis ao Rio Grande do Sul está a possibilidade da planta de regaseificação atender a demanda total do Estado e de Santa Catarina, caso seja instalada em solo gaúcho.
O diretor-presidente da Sulgás, Artur Lorentz, destacou que o Estado poderá suprir sua necessidade e oferecer o excedente a Santa Catarina, “que teria o fornecimento completado pelo gás boliviano", explicou Lorentz.
Atualmente, todo o gás consumido na região sul do Brasil vem da Bolívia, através de um gasoduto. Por ser a última etapa na distribuição, o Estado recebe menos volume do combustível e corre o risco de ver a demanda atingir o limite da oferta dentro de 3 anos.
A plataforma de regaseificação é um tipo de estrutura criada para viabilizar a utilização do gás natural por consumidores que estão longe de onde o combustível é extraído. No processo, ao ser captado, o gás natural sofre um processo de liquefação, sendo transportado em navios até os terminais onde será novamente gaseificado, para então ser disponibilizado ao merca
(Por Cleber Dioni,
Jornal JA, 15/07/2008)