Alunos do Centro Educativo da Fundação de Assistência Social (FAS), que faziam atividades no parque dos pavilhões da Festa da Uva ontem à tarde aproveitaram para passear entre as árvores. Mas Maria Helena Penha Tren, 13 anos, Ederson Mateus da Costa da Cruz, 13, Letícia de Jesus dos Santos, 12, Wesley Pereira da Silva, 13, e Tiago Menezes de Freitas, 13, ficaram decepcionados com o que encontraram.
Além de árvores danificadas com pregos, arames e cortes, o que mais chateou os alunos foi encontrar cortado o tronco de um pinheiro que eles mesmo calcularam ter cerca de 150 anos. Os alunos aprenderam a contar anéis formados na madeira e, somando-os, teriam chegado à idade sesquicentenária. A árvore ficava na área destinada à construção da nova cancha de rodeio.
- Achamos isso o cúmulo - destaca a estudante de Educação Física Karine Barros de Avila, 19, que acompanha a turma.
Além disso, outro fato chamou a atenção dos estudantes. As bromélias que antes ocupavam as copas e galhos das árvores estavam no chão, sendo pisoteadas.
- Eles estão arrancando tudo que é nativo. Vão ficar apenas os eucaliptos. Não tem como reverter uma situação dessas, o impacto ambiental será muito grande - avalia Karine.
Um dos problemas da retirada de grande parte da área verde do parque, segundo os alunos, é a contribuição para o aquecimento global. Insatisfeitos com o que viram, os estudantes, após receber instruções, plantaram pinhões em outras áreas do parque.
(Pioneiro, 17/07/2008)