Em reunião realizada nesta terça-feira (15/07), na sede da Fiergs, em Porto Alegre, com a presença de industriais, políticos e empresários da área energética, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, debateu as possibilidades do Rio Grande do Sul receber um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL).
A crescente demanda de gás natural no mundo é a principal justificativa para a planta, havendo 15 locais ao longo do litoral brasileiro para realizar o investimento de aproximadamente US$ 400 milhões num terceiro terminal, que fará companhia ao de Pecém, no Ceará, e de Guanabara, no Rio de Janeiro.
O Rio Grande do Sul tem duas opções: Rio Grande ou Tramandaí. Maria das Graça deixou claro que o Estado tem boas chances de receber o investimento. "Aumentar a capacidade de produção de energia é aumentar a soberania de uma nação, afirmou a executiva da Petrobras.
Os parlamentares ouviram os argumentos técnicos que fortalecem o Rio Grande do Sul para a disputa e se comprometeram com a causa. "Vamos nos reunir com representantes da estatal, conversaremos com a ministra Dilma Rousseff em busca deste investimento fundamental para o desenvolvimento do Estado", comentou o líder do governo, Henrique Fontana (PT).
Já o coordenador da bancada gaúcha, Luiz Carlos Heinze (PP), disse que é preciso fortalecer a proposta gaúcha. "Nós entraremos em contato com os líderes de bancada das regiões Sul, Sudeste e até do Centro-Oeste para que entendam o empreendimento", defendeu. O senador Sérgio Zambiasi (PTB) salientou que a planta de GNL é importante para consolidar a economia da Metade Sul.
O deputado estadual Frederico Antunes (PP) que esteve representando a Assembléia Legislativa no encontro afirmou que "a participação da ministra Dilma é fundamental para o sucesso do Rio Grande do Sul. Um investimento como este aqueceria a economia da metade pobre do Estado", afirmou.
Frederico Antunes salientou que a chegada de um terminal de GNL ao Rio Grande do Sul é muito produtivo, mas afirmou que antes de lutarmos por uma nova planta de gás, temos que buscar alternativas de todas as formas, seja em Brasília ou São Paulo, para que a primeira termelétrica do Brasil, AES Uruguaiana, na Fronteira Oeste permaneça em atividade.
Atualmente, todo o gás consumido na região sul do Brasil vem da Bolívia, através de um gasoduto. Por ser a última etapa na distribuição, o Rio Grande do Sul recebe menos volume do combustível e corre o risco de ver a demanda atingir o limite da oferta dentro de 3 anos. O local da construção será anunciado em novembro deste ano e entrará em operação em 2012.
(Por Cristiano Guerra, Agência de Notícias AL-RS, 15/07/2008)