Em uma reunião na última semana os ministros de energia da União Européia declararam que estiveram trabalhando durante os últimos 18 meses sob a falsa impressão de que os planos europeus para combater o aquecimento global incluiam necessariamente o desenvolvimento dos controversos biocombustíveis ressaltando a transformação de imagem que os biocombustíveis sofreram em uma questão de meses: de salvadores para vilões do clima.
Documentos divulgados pela União Européia em Janeiro de 2007 diziam que, até 2020, 10% de todos os combustíveis deveriam ser feitos de plantas. Os ministros agora reconhecem que o plano determina que 10% dos transportes deverão ser movidos a energias renováveis, não necessariamente biocombustíveis.
Os biocombustíveis, que há um ano eram considerados a solução mágica para o aquecimento global, têm sido acusados nos últimos meses de terem elevado os preços dos alimentos mundialmente, de estarem desviando o uso da terra da produção de alimentos e agravando o desmatamento.
Jean-Louis Borloo, o ministro do meio ambiente e de energia da França, citou uma série de novas tecnologias sendo desenvolvidas, desde o combustível de hidrogênio até as células combustíveis, mas admitiu que 99,9% dos combustíveis renováveis usados hoje em veículos automotives são feitos de plantas.
(Boletim por um Brasil Livre de Transgênicos, La Biodiversidad, 15/07/2008)