O presidente da EBX, Eike Batista, afirmou na segunda-feira (14) que
pretende apresentar uma notificação formal ao Ministério da Justiça a
respeito das acusações divulgadas na sexta-feira (12) envolvendo a MMX
(empresa controlada do grupo), que resultaram na busca de documentos na
casa do empresário, no Rio de Janeiro. O empresário afirmou, durante
teleconferência com analistas, que teve acesso aos arquivos da Polícia
Federal referentes à operação Toque de Midas, o que possibilitou a
conclusão de que as acusações apresentadas são infundadas. Eike também
ressaltou que o seu nome não é citado em nenhum momento nos arquivos da
PF.
O executivo não atacou o trabalho da PF e disse que "pessoas cometem
enganos". "E este é um erro gigantesco", acrescentou. A notificação,
segundo ele, tem a finalidade de minimizar os danos causados pelas
denúncias. Batista reafirmou que a mineradora de seu grupo não cometeu
irregularidades em licitação no Amapá, como apontam as investigações da
Polícia Federal.
Em linha com o comunicado divulgado na última sexta-feira, o executivo
reafirmou que a MMX não tem atividades de ouro no País e, portanto, a
denúncia de desvio de ouro lavrado nas minas do interior do Estado do
Amapá não têm fundamento.
Ele também reiterou que o processo licitatório da concessão da estrada
de ferro do Amapá, que liga os municípios de Serra do Navio e Santana,
ocorreu dentro dos trâmites legais. Hoje a concessão é administrada
pela MMX Amapá, que teve o controle vendido no início do ano para a
Anglo-American. Durante a conversa com analistas, o diretor jurídico da
EBX, Paulo Gouvêa, disse que o próprio fato de a transferência dos
ativos ter sido aprovada pela companhia sul-africana comprova a
legalidade da concessão.
(Yahoo!
, Ambiente Brasil, 15/07/2008)