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passivos da energia atômica política ambiental França
2008-07-15

No dia em que o presidente Nicolas Sarkozy anunciou o lançamento da União pelo Mediterrâneo, 15 ativistas do Greenpeace penduraram uma faixa com um símbolo nuclear na Torre Eiffel. A faixa foi colocada no meio do círculo de estrelas douradas que representam a União Européia. As estrelas, patrocinadas pela empresa Areva, estatal nuclear francesa, estão na Torre Eiffel desde que a França assumiu a presidência da União Européia, em 1o. de julho.

A faixa foi uma mensagem direta aos países que compareceram ao lançamento da União pelo Mediterrâneo, incluindo os 27 membros da União Européia e as 17 nações que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo, de que Sarkozy está usando o encontro para tentar vender a eles a energia nuclear francesa. O Greenpeace faz o alerta: a perigosa agenda do presidente francês põe em risco a proteção climática e também a segurança da região.

"O fato de a estatal Areva patrocinar as estrelas da União Européia na Torre Eiffel dá indicações claras sobre a agenda de Sarkozy", afirma Frédéric Mareiller, da campanha de nuclear do Greenpeace França. "Sarkozy está usando a União pelo Mediterrâneo em sua tentativa de seqüestrar a presidência da União Européia para promover sua perigosa agenda nuclear."

"Sarkozy está claramente confuso. Ele parece esquecer que é o presidente francês. Em vez disso, está atuando como um vendedor de energia nuclear", acrescentou Mareiller. Desde que chegou ao poder, em maio de 2007, Sarkozy vem promovendo agressivamente a energia nuclear e tenta vender reatores franceses a todo momento. Seu governo assinou acordos sobre exportação e cooperação nuclear com nove países do Mediterrâneo e Oriente Médio no ano passado.

Sarkozy está desesperadamente tentando vender o EPR francês, carro-chefe do chamado 'renascimento nuclear', apesar do fato de as únicas obras do reator em andamento, na França e na Finlândia, serem um desastre.

As obras da usina de Olkiluoto 3, na Finlândia, estão atrasadas em dois anos e meio, e os custos já dobraram, atingindo cinco bilhões de euros. Na França, as obras do EPR foram interrompidas pela autoridade de segurança nuclear francesa, após apenas seis meses de trabalho, devido a problemas crônicos de segurança.

(Greenpeace, 14/07/2008)


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