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sos mata atlântica
2008-07-14

A SOS Mata Atlântica inaugura, em parceria com a Ypê e a co-participação da prefeitura da cidade de Campinas, no dia 15 de julho, às 10h, na cidade de Campinas (SP), um viveiro comunitário com capacidade de produção de 200 mil mudas por ano de árvores nativas como peroba-rosa, ipês (roxo, amarelo e verde), copaíba, jacarandá paulista, cambuí, entre outras. Essas espécies farão parte do trabalho de restauração florestal da bacia do rio Atibaia, que juntamente com o rio Jaguari integram a bacia do Piracicaba, uma importante fonte de água para a cidade de São Paulo, já que alimenta o sistema Cantareira, responsável por quase 50% da cidade. Cerca de 20 trabalhadores estão envolvidos diretamente na produção e plantio das mudas, gerando trabalho e renda por meio da conservação de um dos mais ameaçados biomas do mundo.

O viveiro está localizado numa Área de Proteção Ambiental (APA), na Fazenda das Cabras, distrito de Joaquim Egídio, e estará aberto para visitação monitorada de alunos do ensino básico, fundamental e de  cursos superiores, além de empresas públicas e privadas que poderão acompanhar o processo produtivo do viveiro, desde o preparo das sementes até a muda pronta para o plantio, além de observar, através de uma maquete, os efeitos provocados pela destruição da cobertura vegetal nos topos de morros, ao longo dos cursos dÂ’água, sobre o solo e sobre os mananciais, e percorrer trilhas nos remanescentes de Mata Atlântica para conhecer na prática os trabalhos de restauração florestal da região.

“Esta é uma região prioritária para a conservação da Mata Atlântica e com a inauguração do viveiro haverá uma grande contribuição para a produção e conservação da água, recuperação das áreas de preservação permanente, além de geração de renda para a população da região” comenta Adauto Basílio, diretor da SOS Mata Atlântica. “As técnicas utilizadas para restauração destas áreas buscam restabelecer as funções das florestas que existiam na região”, completa Ludmila Pugliese, coordenadora de restauração florestal da ONG.  “Segundo nosso Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, Campinas tinha originalmente 100% de vegetação deste Bioma, mas hoje só restam 2%”, complementa.

O viveiro faz parte do programa Florestas do Futuro, da SOS Mata Atlântica, que tem como objetivo a recuperação de matas ciliares, proteção e produção de água. Lançado em junho de 2004, a previsão do programa é de que sejam plantadas 4 milhões de mudas de árvores até o final de 2009. A Fundação já possui um viveiro comunitário implantado em Resende (RJ), outro em Piracicaba (SP) e inaugurou no final de 2007 o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Grupo Schincariol, em Itu (SP).

Sobre a SOS Mata Atlântica
A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização não-governamental privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins lucrativos. Criada em 1986 por cientistas, empresários, jornalistas e ambientalistas, é a primeira ONG destinada a proteger os últimos remanescentes de Mata Atlântica no País. Sua missão é também valorizar a identidade física e cultural das comunidades humanas que os habitam e conservar os ricos patrimônios natural, histórico e cultural dessas regiões, buscando o seu desenvolvimento sustentável.

(Texto recebido por E-mail, 12/07/2008)


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