O imunologista colombiano Manuel Alfonso Patarroyo disse que "a mudança climática ativará a malária onde ela já estava erradicada", já que o aumento das temperaturas em algumas regiões facilita a proliferação do mosquito transmissor da doença. O filho do cientista Manuel Elkín Patarroyo fez a palestra "Desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a malária" em substituição de seu pai, que não pôde estar presente por motivos de saúde.
Patarroyo filho afirmou que neste momento seu laboratório estuda como resolver a fase da doença em que as células hepáticas são invadidas, mas explicou que tudo isto está sendo experimentado em macacos ainda e que, por enquanto, não será feito testes em humanos.
A esperada vacina contra a malária anunciada por Patarroyo pai para princípios de 2009 poderia ter que esperar, pois a colônia de primatas esteve fechada por quase um ano, o que causou um atraso no esquema previsto. Patarroyo filho explicou que têm a intenção de doar a vacina à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre as principais dificuldades da pesquisa citou a mudança no "modo de fazer vacinas", e afirmou que "encontrar o caminho foi longo", mas se mostrou convencido de que "poderá utilizá-lo para outras doenças". A equipe que pesquisa esta vacina é formada por 85 cientistas e tem sua sede em Bogotá, embora haja colaboração de grupos de pesquisa em várias regiões do mundo.
(Efe, UOL, 09/07/2008)