O diretor da Sala de Informação da Santa Sé, Federico Lombardi, explicou hoje em um «briefing» com os jornalistas credenciados na Santa Sé os pormenores da próxima viagem papal a Sydney. Nesta viagem, que será a 9ª viagem apostólica de Bento XVI, o Papa será acompanhado pelos cardeais Angelo Sodano (Decano do Colégio Cardinalício), Tarcisio Bertone (Secretário de Estado) e Agostino Vallini (Vigário para a cidade de Roma). O próprio Lombardi fará parte do séqüito papal.
Trata-se, explicou Lombardi durante o «briefing», cujo conteúdo foi difundido pela Rádio Vaticano, de «uma viagem complexa do ponto de vista organizativo». No dia 12, o Papa se trasladará de Castel Gandolfo ao aeroporto de Fiumicino de helicóptero, e lá iniciará sua viagem a Sydney, em um avião B777 da «Alitalia». A viagem durará 21 horas, e fará uma escala de uma hora e meia em Darwin (Austrália).
Ao chegar à Austrália, em 13 de julho, está previsto que o Papa descanse alguns dias antes da celebração da JMJ, em um retiro privado. Lombardi declarou que o Papa residirá no Kenthurst Study, Centro de retiros e formação do Opus Dei. A JMJ será inaugurada, sem a presença do Papa, pelo cardeal Pell, arcebispo de Sydney, na terça-feira, 15 de julho. Na quarta-feira, o Papa será recebido no Government House pelo governador geral e pelo primeiro-ministro.
Depois, como está previsto, ele se trasladará ao Mary Mackillop Memorial, e de lá à Rose Bay, onde está previsto que seja acolhido por um grupo de jovens indígenas, antes de embarcar na Sydney 2000, para Bangaroo. Lombardi antecipou que «o tema dos indígenas e de seus direitos pisoteados durante séculos estará muito presente nessa viagem, tanto nas palavras do Papa como nos discursos das autoridades civis».
O diretor da Sala de informação destacou, entre os diversos encontros previstos, os de 18 de julho na catedral de Santa Maria com representantes de outras religiões, cada vez mais presentes no país pela imigração asiática, e com membros de outras comunidades cristãs não-católicas. «É relevante que os católicos já superaram os anglicanos na Austrália em número», destacou.
Ele repassou com os jornalistas os demais encontros, especialmente a vigília e a Missa no Hipódromo de Randwick. Antes de partir, como está previsto, o Papa se encontrará com os benfeitores e os voluntários da JMJ, «com quem renovará o convite aos jovens de ‘remar mar adentro’ para anunciar a Boa Notícia ao mundo inteiro», acrescentou.
(Por Inmaculada Álvarez, Zenit, 09/07/2008)