O deputado estadual pelo Mato Grosso Gilson Oliveira (PP) defendeu a assinatura de um convênio entre o governo e a Universidade de Brasília (UNB) para uso do projeto Tecnologia Alternativa para Produção de Borracha (Tecbor). A atividade vem sendo praticada pelos pequenos produtores rurais de vários municípios da região da Amazônia Legal.
De acordo com o deputado, o projeto será oferecido aos pequenos produtores da agricultura familiar, através da ação dos extensionistas rurais, podendo realizá-la em convênio com as secretarias municipais de desenvolvimento rural, sindicatos e associações.
“Trata-se de uma alternativa para produção de borracha natural, que permite ao seringueiro preparar um produto beneficiado, empregando técnicas simples e de baixo custo”, disse Gilson.
Pela atual técnica, o coagulante utilizado é um ácido pirolenhoso obtido da carbonização da madeira. A lâmina de borracha, após a secagem ao ar livre e em poucos dias, é um produto de boa qualidade que pode ser direcionada para a produção de artefatos especiais ou, em geral, para substituição da folha fumada.
Esta tecnologia está direcionada para que o seringueiro trabalhe com a família, constituindo assim uma micro-usina de processamento do látex, agregando valor ao produto, evitando um processo intermediário na usina de beneficiamento.
Segundo Gilson Oliveira, o projeto foi desenvolvido pela Universidade de Brasília, através do Laboratório de Tecnologia Química do Instituto de Química, além da participação de várias entidades como a Funatura, ITTO, Ibama/Decom e CNPT, CNS, Funtac, Greenpeace, Senai-RS/Cetepo, Basa e várias Associações de Seringueiros e Produtores Rurais.
“A tecnologia é desenvolvida pelo próprio seringueiro, incorporando a mão-de-obra da família e produz um produto sem alterar as características moleculares da borracha, metodologia que promove vantagens bem superiores às práticas usadas até agora pelos seringueiros”, assegurou o deputado.
(Por Sid Carneiro, Secretaria de Comunicação AL-MT, 07/07/2008)