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sacolas e embalagens plásticas
2008-07-08

Em feiras de artesanato e lojas de utilidades domésticas é comum se encontrar, disponível para venda, um artefato chamado “puxa-saco”. Nas mais variadas cores, tecidos e formas, ele é usado nas residências para guardar as sacolas plásticas nas quais grande parte das famílias brasileiras acondiciona seu lixo doméstico.

Esse utensílio – o “puxa-saco” - é emblemático de como a sacolinha de supermercado se incorporou ao cotidiano brasileiro. Seu mau uso, porém, gera um problema ambiental de graves proporções, o que tem resultado em campanhas por sua proibição radical. Outras, mais amenas, sugerem a substituição delas por sacolas não descartáveis, que o consumidor leve de casa. Nesse nicho, vale registrar, já vicejam confecções seduzindo o mercado com bons produtos em lona e em outros materiais de utilização contínua.

Enquanto legisladores e terceiro setor debatem saídas para o problema, criar uma melhor consciência em relação às sacolas de supermercado é, sem dúvida, uma ação emergencial, felizmente já em andamento. Na próxima semana, o Plastivida - Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos -, braço da indústria do setor, planeja divulgar os resultados preliminares do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, lançado em 26 de maio passado, em parceria com a Associação Paulista de Supermercados.

Em um projeto piloto na cidade de São Paulo, sete lojas da rede Pão de Açúcar, sete do Carrefour e mais quatro supermercados de médio e pequeno portes se comprometeram a disponibilizar sacolas plásticas que atendam aos requisitos da NBR 14.937, bem como a orientar a cadeia produtiva, o varejo e a população a implantarem, sobre essas embalagens, o conceito dos 3 Rs - Reduzir, Reusar e Reciclar.

Mais resistentes, as novas sacolas são identificadas com um Selo de Qualidade e com o peso que suportam – seis quilos. A expectativa da Plastivida é que essa maior resistência demova o consumidor do hábito de usar sacolas em duplicata ou de mal enchê-las.

“As pessoas tinham receio de que os sacos rasgassem e, de fato, rasgavam”, disse a AmbienteBrasil Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da entidade. Segundo ele, o produto mais resistente não vai implicar aumento de custo para o consumidor, compromisso firmado mediante acordo entre a indústria petroquímica, os fabricantes de sacolas e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A partir de São Paulo, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas vai se espraiar por todas as capitais brasileiras. Parte da operação já está definida. Este mês, ele chega a Curitiba (PR) e Florianópolis (SC); em agosto, a Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ); em setembro, a Salvador (BA) e Recife (PE).

Assim como já ocorre na capital paulista, operadores de caixa e empacotadores vão receber treinamento específico, tornando-os aptos a educar a população contra o desperdício. A meta da Plastivida é conseguir uma redução mensal de 30% no uso de sacolas plásticas de supermercados, a partir dessa ação.

Embora os dados preliminares ainda estejam sendo compilados, a experiência em São Paulo já anima a entidade. “As pesquisas junto aos caixas são encorajadoras, o grau de adesão dos consumidores superou as expectativas”, diz Francisco Esmeraldo, para quem a maturidade da população em relação à proposta mostrou-se surpreendente.

A conscientização assim direta pode transformar um procedimento costumeiro – e danoso ao meio ambiente. Uma pesquisa de observação realizada pela SP Trade, em 12 supermercados na cidade de São Paulo, revelou que 13% dos consumidores utilizavam as sacolinhas em duplicata e, em 61% dos casos, ocupavam menos da metade da sua capacidade.

E não vai ser fácil retirá-las do cotidiano brasileiro. Numa pesquisa sobre o assunto realizada pelo Ibope no fim do ano passado, 71% da amostra manifestou-se favorável às sacolas plásticas como forma ideal para o transporte de compras. Revelou ainda que 100% usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos específicos para esse fim.

Para Francisco Esmeraldo, esse reaproveitamento informal atua positivamente no bolso das famílias, especialmente da classe média. Ele diz que fez uma pesquisa há alguns meses – portanto, antes dos preços dos alimentos dispararem – e constatou que, com o valor médio de um pacote de sacos de lixo com 15 unidades, dava para comprar dois quilos de frango.

(Por Mônica Pinto / AmbienteBrasil, 08/07/2008)


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