O Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou nesta segunda-feira (7) em Québec, no Canadá, a inclusão na lista de tesouros da humanidade de oito novos lugares, informaram fontes do organismo. Os locais se encontram em Malásia, Papua Nova Guiné, Croácia, França, Alemanha, Itália, San Marino e Eslováquia.
A 31ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial aprovou a inclusão das localidades malaias de Melaka e George Town, no estreito de Malacca. Em Papua Nova Guiné, a Unesco aprovou Kuk, berço de um dos primeiros lugares agrícolas da história da humanidade. Na Croácia, o novo local aprovado é o planalto Stari Grad, que fica na ilha Hvar, e, na França, a Unesco aceitou a inclusão de 14 localidades onde se conserva a obra do arquiteto militar Vauban, que revolucionou, no século XVII, a construção de cidadelas e fortificações na Europa e nos Estados Unidos.
A organização da ONU também incluiu os blocos de casas modernistas de Berlim (1910-1933), as cidades italianas de Mantua e Sabbionetta, o centro histórico de San Marino e Monte Titano, e as igrejas de madeira da parte eslovaca dos Cárpatos. O comitê aprovou, no fim de semana, a inclusão na lista do Patrimônio da Humanidade de três mosteiros fortificados construídos no século VII por armênios, onde atualmente fica o Irã.
O órgão também relacionou o refúgio para escravos de Le Morne (Ilha Mauricio), os restos arqueológicos de Al-Hijr (Arábia Saudita) e os edifícios de Fujian Tulou (China). No total, a Unesco estuda 47 solicitações de designação de Patrimônio da Humanidade Cultural e Natural na reunião anual que realiza de 2 a 10 de julho em Québec.
Na América Latina, além da praça da São Francisco, em São Cristóvão (Sergipe), concorrem a pedreira da Fábrica Nacional de Cementos en Cerro de la Cal (Bolívia), a localidade mexicana de San Miguel e a reserva de borboletas monarca, Buenos Aires por sua paisagem cultural e o centro histórico de Camagüey (Cuba). A lista de candidatas latino-americanas termina com a cidade refúgio de San Miguel, el Grande, e o santuário de Jesús de Nazaret de Atotonilco, ambas no México, e a catedral de León, na Nicarágua.
(Estadão Online, AmbienteBrasil, 08/07/2008)