Os supermercados gaúchos gastam anualmente R$ 190 milhões na aquisição de 1,5 bilhão de sacolas plásticas. A redução de 30% no uso - preenchendo melhor as embalagens, por exemplo - economizaria R$ 57 milhões ao ano, diz o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antônio Longo. Segundo o dirigente, o setor apóia a diminuição do uso do plástico, mas considera sua eliminação inviável.
A Secretaria do Meio Ambiente de Porto Alegre já condiciona a concessão e renovação de licenças ambientais a projetos de troca das sacolas plásticas. Pelo menos três supermercados receberam licença com essa condicionante.
O Estado trata a questão com cautela. Na Assembléia, o deputado Adroaldo Loureiro (PDT) apresentou projeto obrigando os estabelecimentos a usar embalagens plásticas oxibiodegradáveis. O projeto do deputado Mano Changes (PP) não elimina a sacola plástica, mas determina que ela seja ofertada em cores diferentes, a fim de abrigar, após o uso, lixo reciclável ou não.
- Não há solução pronta ou ideal. Pela experiência de outros países, o mais efetivo parece ser a cobrança pela sacola plástica, como ocorre na Alemanha. Não elimina, mas racionaliza o uso - diz Ana Pellini, presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental.
(Zero Hora, 08/07/2008)