Duas grandes redes varejistas pretendem substituir, já a partir deste semestre, os tradicionais sacos de plástico por embalagens reutilizáveis ou feitas de materiais menos poluentesEnquanto a Câmara Municipal de Porto Alegre discute uma legislação para substituir o uso de sacolas plásticas comuns nos supermercados, redes varejistas planejam colocar em prática suas próprias alternativas.
Ontem, uma reunião no Legislativo municipal abriu caminho para realização de um seminário sobre o tema no dia 8 de agosto, e demonstrou que não há alternativa de consenso para combater o problema da poluição ambiental causada pelas embalagens.
Apostando na consciência ecológica do consumidor, duas das maiores redes supermercadistas planejam vender embalagens reutilizáveis neste semestre em suas lojas gaúchas. O Carrefour pretende ter até o final do ano 600 mil sacolas duráveis no país, ofertando-as a R$ 2,99, cada. O projeto começou em junho em São Paulo e no Paraná, e até metade de agosto deve chegar ao Estado.
O Wal-Mart, dono de bandeiras como Big e Nacional, também fez pesquisas com o consumidor paranaense antes de optar por sua solução. Após oferecer alternativas como caixas, sacolas de papel, de lona e de algodão, observou que o produto de algodão recebeu melhor aceitação dos compradores. Embalagens desse material, suportando até 35 quilos, serão vendidas a R$ 2 a partir deste semestre. Em ambos os casos, a idéia é que o cliente leve sua própria sacola ao supermercado. Procurado por Zero Hora, o Grupo Zaffari não respondeu à solicitação de entrevista.
Na Câmara de Vereadores da Capital, um projeto de Maristela Maffei (PC do B) e Bernardino Vendruscolo (PMDB) propõe o uso de embalagens recicladas. Maristela explica que se trata de um pontapé inicial para a construção de uma alternativa. Que não chegará sem conflitos.
(Por Sebastião Ribeiro, Zero Hora, 08/07/2008)