O G8, sete países mais industrializados e a Rússia, analisará na terça-feira (8/07), em sua cúpula em Hokkaido, no Japão, a mudança climática, mas os Estados Unidos não quiseram se pronunciar sobre um acordo para diminuir a emissão de gases poluentes a longo prazo.
O Japão, país anfitrião, espera chegar a um acordo para reduzir em 50% os atuais níveis de emissões até 2050, enquanto os EUA afirmam que qualquer pacto deve incluir as grandes economias emergentes, como China e Índia. Em coletiva de imprensa hoje, o presidente do Conselho para a Qualidade do Meio Ambiente (CEQ, em inglês) da Casa Branca, James Connaughton, disse já ter indicado que seu país poderia adotar "a meta de 50% até 2050".
"Cremos que conseguimos bons progressos, e por isso esperamos que a declaração os reflita", disse Connaughton, que afirmou ser necessário, entre outras coisas, estabelecer um sistema comum para medir os cortes de emissões. Connaughton não quis se pronunciar, no entanto, sobre se a declaração final da cúpula irá além da do ano passado em Heiligendamm (Alemanha), quando os países do G8 decidiram adotar a meta das reduções no longo prazo.
O G8, composto por EUA, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Rússia, abordará a questão da mudança climática na reunião de amanhã e voltará a tratar do assunto na quarta-feira (9). Neste encontro, os líderes do G8 se reunirão com os representantes de outras economias importantes, no chamado Encontro das Grandes Economias (MEM, em inglês).
(Efe, Folha Online, 07/07/2008)