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hidrelétricas do rio madeira passivos de hidrelétricas
2008-07-07
Os custos da geração de energia das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, devem estar entre as maiores do país, chegando a cerca de U$ 65 por megawatts por hora.  Além disso, o valor da construção das duas barragens deve chegar a mais de U$ 12 bilhões, um aumento de 129% do valor proposto pelo projeto inicial, em 2003.

As informações são do livro "Águas Turvas", organizado por Glenn Switkes, da ONG International Rivers.  O livro terá seu lançamento nacional hoje (4) às 18 horas, em um Talk Show no site do iG (www.igpapo.com.br), que contará com a presença de especialistas e jornalistas para debater os principais problemas das hidrelétricas.  Além disso, o Talk Show terá a participação do público, que poderá fazer perguntas via chat.  Saiba mais.

A viabilidade econômica do Complexo do Madeira será um dos temas do debate.  Segundo o livro, o Complexo é "o maior e mais caro projeto da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), com um orçamento final superior a US$ 20 bilhões".  O texto ainda lembra essa cifra é muito próxima do PIB de um dos países que será impactado pelo projeto, a Bolívia.  "Este valor é quase o Produto Interno Bruto (PIB) da Bolívia - que, para o ano de 2007, foi de US$ 27 bilhões", diz.

O livro também questiona o financiamento dessas usinas, feito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  Segundo o livro, quase 50% dos recursos do BNDES são oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).  "Desse modo, é também com o dinheiro do trabalhador que o BNDES promove e referenda um modelo de desenvolvimento brasileiro que transforma o País - e a região da América Latina e Caribe - em plataforma de exportação de produtos primários de pouco valor agregado e com alto custo para o meio ambiente e para a sociedade".

Riscos
Outro problema envolvendo as usinas diz respeito aos próprios bancos que financiam o empreendimento, que já começam a sofrer pressão da sociedade para que não sejam co-responsáveis por esse modelo predatório na Amazônia.  Um exemplo disso foram os protestos contra o Banco Santander, ocorridos em Madri no último dia 19.

Nessas manifestações, organizações da sociedade civil espanhola protestaram contra o financiamento do banco nas usinas do Madeira, lançando a campanha "Não com o meu dinheiro".  "Queremos apresentar as atividades que o Santander está fazendo no Brasil: obrigar as mais de 5 mil famílias a abandonar seus lares, aumentar os casos de malária e aniquilar os povos indígenas", explica a organização da campanha.

A campanha pretende exigir responsabilidade das ações dos bancos Santander e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) por investir em projetos que impactam de forma negativa na região amazônica.  Um risco para bancos que cada vez mais precisam ser responsáveis na questão ambiental para poderem ser competitivos no mercado.

Rio Madeira
O rio Madeira é o maior afluente do rio Amazonas e um dos mais importantes da região amazônica.  Em Rondônia, estão em fase de licenciamento duas usinas hidrelétricas, chamadas de Santo Antônio e Jirau, que juntas pretendem gerar cerca da metade da energia da usina hidrelétrica de Itaipu.

A construção das hidrelétricas sofre forte pressão por parte de movimentos sociais e ambientalistas, devido aos impactos que o empreendimento pode causar ao meio ambiente, às comunidades locais e aos povos indígenas.  Apesar disso, o governo já licitou a construção das usinas, alegando serem a única saída para conter um racionamento de energia a partir de 2012.

(Amazonia.org.br, 07/07/2008)

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