Praticamente 20 dias depois de Paulo Paim (PT) visitar Rio Grande e assumir o compromisso de se reunir com representantes da Petrobras para tratar da Refinaria Ipiranga, quase nada avançou. A assessoria do senador informou ontem que o parlamentar já solicitou a reunião, mas ainda espera a resposta.
Paim encontrou-se com a diretora-superintendente da Refinaria, Elizabeth Tellechea, vereadores e sindicalistas. O senador tomou conhecimento da situação da Ipiranga e as alternativas para salvá-la do fechamento. Uma delas seria a Petrobras assumir a Refinaria.
Com um prejuízo de R$ 13,7 milhões no primeiro trimestre, a empresa decidiu reduzir a atividade de processamento de nafta petroquímica. A redução ocorrerá até o próximo descarregamento de matéria-prima, previsto para o dia 15 deste mês. A produção, que era de aproximadamente três mil metros cúbicos por dia, passou para 500 metros cúbicos diários.
Para o presidente O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Destilação e Refinação de Petróleo de Rio Grande (Sindipetro), José Marcos Olioni, sem a Petrobras assumir o controle acionário da Refinaria, dificilmente as atividades terão prosseguimento. Caso assuma, a estatal brasileira poderia dar o mesmo tratamento dispensado a outras refinarias nacionais. O preço do petróleo seria condizente com os produtos derivados.
Caso a Petrobras rejeite essa hipótese, há uma segunda alternativa. O terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) tem instalação prevista no Rio Grande do Sul ou Santa Catarina, para o atendimento do mercado da Região Sul e de países do Cone Sul, como Uruguai e Argentina.
(Diário Popular, 07/07/2008)