A organização ambiental Greenpeace denunciou nesta quinta-feira (03/07) a prisão de 27 de seus membros que protestavam contra a emissão de dióxido de carbono em Eraring, no Estado australiano de Nova Gales do Sul.
O grupo entrou na central elétrica à 1 hora da manhã e doze ativistas se algemaram às esteiras transportadoras, enquanto os demais subiram ao telhado para pintar a palavra "Revolução" e pendurar uma bandeira com a frase "Revolução de energias renováveis - Não ao Carbono."
A organização assegurou que a ação, que durou cinco horas, impediu que a usina emitisse 10 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, um dos gases responsáveis pela mudança climática.
Um dos ativistas detidos, Graham Brown, um carvoeiro aposentado, disse que é necessário concluir um processo de transição para utilização das energias renováveis disponíveis. Com esta ação, o Greenpeace quer chamar a atenção dos cidadãos para a publicação, na sexta-feira (4) do relatório encomendado pelo governo ao professor Ross Garnaut, sobre o impacto econômico da mudança climática no país.
A Austrália ratificou o Protocolo de Kyoto em dezembro, dias depois da vitória eleitoral do trabalhista Kevin Rudd sobre o então primeiro-ministro John Howard, líder do partido liberal. Rudd se comprometeu com a redução de 60% dos níveis de carbono até o ano 2050, aos níveis de 2000.
(Estadão Online, Ambiente Brasil, 04/07/2008)