Na semana passada, ativistas participaram de um evento no Chile para discutir o futuro das baleias. Recentemente, membros do Greenpeace constataram que as baleias capturadas pelo Japão para fins científicos têm sido vendidas de forma ilegal. A coordenadora de campanha de baleias do Greenpeace Leandra Gonçalves fala sobre a investigação e constatação feita por ativistas que, agora, encontram-se detidos.
As baleias se reproduzem de forma lenta, com apenas um filhote por ano. Segundo a coordenadora, a morte de mil baleias de uma estação, por exemplo, pode significar a extinção destes animais vulneráveis. As discussões realizadas durante os encontros têm como objetivo chegar a um consenso entre os países sobre o futuro da Comissão Internacional da Baleia, diz Leandra.
A coordenadora explica que os países conservacionistas querem que essa comissão tenha um destino que vise a modernização, com isso, a conservação dos animais, e não beneficiando os que vivem da atividade. Já os países baleeiros defendem a normalização, ou seja, o desenvolvimento da indústria baleeira.
A expedição que o Greenpeace realiza em defesa das baleias da Antártica tem mais de 20 anos e, no último ano, descobriu, por meio de investigações dos ativistas, que a caça científica praticada pelo Japão é uma atividade comercial disfarçada de ciência. Leandra diz que a carne que estava nos navios baleeiros vem sendo vendida de forma ilegal no território japonês.
Leandra informa ainda que os ativistas que participaram desta investigação estão presos e que o Greenpeace está com uma petição online para que eles sejam libertados.
(Folha Online, 03/07/2008)