Técnicos encontraram buracos que causavam desperdício de água
A redução do volume de água do Parque Sarah Kubistchek, mais conhecido como Parque da Cidade, levou a administração do local a esvaziar um de seus lagos. Técnicos do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) começaram a trabalhar na área nesta terça-feira (1º/07). O lago – localizado ao lado do Pesque e Pague – foi esvaziado em seu limite máximo, 40cm. Normalmente, o lago tem 1m e 50cm de água. O problema foi identificado há cerca de um mês. A expectativa é de que o serviço termine em 15 dias.
Há 30 anos o lago não recebia manutenção. Segundo a Coordenadora de Parques da 1ª Região Administrativa (Plano Piloto), Rosatilde Carvalho, a conta de água do parque teria assustado a administração. Após o esvaziamento, que terminou por volta das 15h30 desta quarta-feira (2/07), os técnicos da Novacap detectaram o problema. Fissuras e rachaduras nas proximidades do registro da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Ceasb), submerso no lago, teriam provocado o desperdício de água.
Rosatilde Carvalho afirmou ainda que, nesta quinta-feira (3/07), o lago passará por uma limpeza. “Com o esvaziamento nos deparamos com muita sujeira. Encontramos sacos de plástico, garrafas e até uma banheira de criança”, conta. A Novacap também iniciará o orçamento dos reparos. “As pás mecânicas e as retroescavadeiras já estão guardadas no parque. Detectamos o problema mais cedo do que imaginávamos”, diz.
Durante a operação de esvaziamento, os peixes que estavam no lago foram removidos. Tilápias, madrinxas, tambaquis, carpas e tucunarés foram levados para a Granja do Ipê e par ao tanque de piscicultura do parque. De acordo com a assessora técnica da Emater, Fernanda Távora, nenhum peixe morreu durante o trajeto.
“Eles foram capturados através de uma rede de arrasto e depois colocados em um tanque com oxigênio para não se estressarem”, conta Fernanda Távora. “A quantidade de água que ficou (40cm) é suficiente para os filhotes. Não há perigo de mortalidade”, garantiu. As aves não precisaram ser removidas.
A operação está sendo coordenada pelo IBRAM em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Caesb, Novacap e a Secretaria de Agricultura do DF.
(Correio Braziliense, 03/07/2008)