A 8ª Intecol, Conferência Internacional de Áreas Úmidas, foi lançada esta semana em Brasília, no SESC Estação. É a primeira vez que a América Latina recebe o evento, que será realizado entre os dias 20 e 25 de julho, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso. O encontro foi criado há 32 anos e acontece de 4 em 4 anos em diferentes partes do mundo. Nesta edição, o tema é “Grandes áreas úmidas, grandes preocupações”. “Temos que aproveitar a oportunidade para sensibilizar a opinião pública e definir ações efetivas de proteção desses ecossistemas”, afirmou Paulo Teixeira de Sousa Júnior, secretário-executivo do CPP, Centro de Pesquisas do Pantanal, entidade que está organizando o evento em parceria com a Associação Internacional de Ecologia, a Universidade Federal de Mato Grosso, o Governo do Estado e o SESC.
As áreas úmidas existem em todos os tipos de ecossistemas e são importantes para a manutenção da biodiversidade. “Nosso objetivo é mostrar que pode haver uma coexistência saudável entre homem e natureza. Podemos encontrar formas de usar os valores comerciais das florestas sem destruí-las”, observou Paulo. Durante a conferência serão debatidos temas como a relação entre as mudanças climáticas e a destruição das áreas úmidas, e a importâncias destes locais para a manutenção da água no planeta.
Durante o lançamento, também foi ressaltada a necessidade de se criar uma política específica de preservação das áreas úmidas em todo o país. “Precisamos de uma legislação própria e de medidas unificadas para esses territórios”, resumiu Paulo Teixeira. Também participaram do evento o assessor especial da ANA, Agência Nacional de Águas, Fabrício Barreto e as representantes do Ministério do Meio Ambiente Solange Castrillon, gerente do Programa Pantanal, e Maria Carolina Hazin, da secretaria de biodiversidade e florestas. “O evento também é relevante para a agricultura da região. Precisamos de um modelo que permita a coexistência de dois elementos igualmente fortes em nosso estado: o meio ambiente e a produção rural”, disse o veterinário Heitor Medeiros, técnico de desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso.
(Por Eveline Teixeira,
Portal do Meio Ambiente, 02/07/2008)