As entidades sindicais que representam as empresas madeireiras e fábricas de móveis acreditam que as apreensões recentes são exceção
- Se existe comercialização de madeira ilegal, pode ter certeza de que é minoria. A maior parte das madeireiras do Estado são idôneas - afirma o presidente do Sindimadeira, Serafim Gabriel Quissini.
Ele não acredita que possa haver grande fluxo ilegal de madeira nobre da Amazônia na Serra. Segundo Quissini, uma orientação do Sindimadeira é de que as empresas operem dentro da lei e com o Documento de Origem Florestal (DOF).
- Pode acontecer de alguém tentar burlar os impostos, mas seria quase impossível uma carga ilegal vir de lá (do Norte), pois são pelo menos cinco postos de fiscalização no caminho - diz o sindicalista.
Quissini, porém, reconhece que as ações do Ibama e da Sema reduzirão a exploração ilegal. O Sindimadeira não tem controle de quanta madeira é comercializada ou serrada no Rio Grande do Sul.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário da Região das Hortênsias (Sindmobil), Alexandre Masotti, também acredita que as multas e apreensões são isoladas.
- É difícil algum empreendedor trabalhar sem estar dentro da legalidade. Mas pode ser que, com as mudanças na legislação ambiental, ocorra algum contratempo nas documentações - diz Masotti.
A presidente da Associação dos Fabricantes de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs), Maristela Longhi, disse que a entidade não foi informada das operações.
- Isso pode estar concentrado em empresas que atuam com madeira maciça. Na região de Bento Gonçalves, por exemplo, a maioria lida com outro tipo de material, ou seja, produtos ecologicamente corretos - enfatiza Maristela.
(Pioneiro, 02/07/2008)