Genes resistentes a herbicidas introduzidos em uma variedade cultivada podem se transferir espontaneamente para plantas silvestres, podendo transformá-las em superervas daninhas de difícil controle. - Para piorar a situação, os impactos dos transgênicos na natureza são irreversíveis, comenta Paulo Roberto Martins, do IPT. Enquanto na agricultura tradicional, pode se substituir a aplicação de produtos químicos para restabelecer o equilíbrio entre insetos-praga, no cultivo de transgênicos os genes podem se espalhar aleatoriamente. - Neste caso, não há como eliminá-los da natureza, lamenta. Martins defendeu o princípio da precaução estabelece um prazo mínimo de cinco anos para pesquisas, antes da liberação dos transgênicos para consumo humano. - Além disso, devemos exigir a identificação de todos os alimentos que contenham transgênicos em sua composição, afirma. Na Europa a rotulagem é obrigatória para produtos com mais de 1% de genes modificados. No Brasil foi estabelecido um patamar de 4%. - Isto significa que todos os produtos com percentual inferior estão sendo consumidos por nós sem que saibamos, alerta.