A divulgação de falsas imagens do tigre-da-china, espécie em alto risco de extinção, levou o governo chinês a demitir funcionários e prender um homem. O grupo afirmava que as fotografias eram prova da existência do animal no sul da China, informa a agência de notícias Reuters.
Em outubro, autoridades florestais em Zhenping, na Província de Shaanxi, divulgaram imagens de um tigre supostamente em uma floresta. O fazendeiro que produziu as fotos recebeu o equivalente a R$ 4.500.
Nove meses depois, eles admitiram que se tratava de uma fraude, segundo a agência oficial do governo, citando uma entrevista coletiva realizada pelo governo de Shaanxi.
Zhou Zhenglong, o fazendeiro, foi preso. Ele forjou a imagem utilizando um equipamento digital e uma fotografia que pertencia a outro fazendeiro. Recentemente, a China esteve envolvida em outros casos de fraude relativos a provas de vida de espécies ameaçadas.
Em fevereiro, o editor-chefe de um jornal se demitiu depois que um de seus fotógrafos forjou uma imagem de antílopes-tibetanos na qual os animais apareciam supostamente cruzando uma linha de trem no trajeto Qinghai-Tibete.
(Folha Online, 01/07/2008)