Um dos maiores entraves da produção de plantas medicinais enfrentados pelo Consórcio Santa Gema, em Passo Fundo, está com os dias contados. Desde a última semana, o horto de plantas medicinais do Consórcio está equipado com um sistema de irrigação. Entre os equipamentos estão sete mil metros de mangueira, motores, caixa d'água de 10 mil litros e uma encanteiradeira. A aquisição foi possível com recursos vindos de um projeto encaminhado para a Fundação Internacional de Desenvolvimento Agrícola - Fida, instituição ligada às Nações Unidas, por meio do comitê do Programa Regional de Apoio a Rede de Desenvolvimento de Plantas Medicinais no Mercosul - Plamsur. O Projeto foi feito em parceria entre as produtoras, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a Emater/RS-Ascar e a Universidade de Passo Fundo.
O Consócio Santa Gema de Ervas Medicinais é formado por três mulheres: Beatriz Casanova, Rita Biff e Zuleica Casanova, com o apoio de suas famílias. Hoje, em uma área de cerca de um hectare, são cultivadas aproximadamente 30 espécies. O trabalho conta com a assistência técnica da Emater/RS-Ascar e com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Universidade de Passo Fundo. A produção é comercializada principalmente na Feira do Produtor, em farmácias da cidade e no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marau.
Para Rita Biff, esses equipamentos vêm em uma excelente hora. "É uma grande força para nós. Era justamente o que estava faltando para a continuidade no nosso trabalho", diz Rita. Para as produtoras, cada passo é a consolidação de um sonho iniciado em 2002. "Eu sempre acreditei que daria certo. Agora, temos ainda mais trabalho e responsabilidade, mas é muito bom", comenta Zuleica.
De acordo com a extensionista da Emater/RS-Ascar, Giancarla Ottoni, com a irrigação será possível regularizar a produção e, com isso, melhorar a lucratividade das famílias. "Elas têm um mercado promissor para as plantas, há uma grande demanda, mas ainda falta produto", analisa Giancarla.
Segundo o técnico da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Ademir Trombeta, o sistema de irrigação por gotejamento que está sendo iniciado no horto é o ideal para esse tipo de produção. Segundo ele, com esse sistem, não há desperdício de água, há menor consumo de energia elétrica, além de ser um sistema que evita a transmissão de doenças para as plantas, pois a gota de água vai direto no solo, sem passar pelas folhas.
(Governo do Estado, 01/07/2008)