Nesta segunda-feira (30/06), o Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates sobre o tema do Desenvolvimento Harmônico, Econômico, Social e Sustentável finalizou as linhas básicas do relatório a ser entregue amanhã ao Fórum Democrático de Desenvolvimento Social. Até esta terça-feira (01/07), o grupo irá proceder algumas mudanças de aspectos formais e as últimas considerações a serem acrescidas no texto final. A entrega oficial do documento aos integrantes do Colégio Deliberativo ocorrerá na próxima segunda-feira (07/07), às 17h, no Salão Júlio de Castilhos da Assembléia Legislativa.
Conforme o coordenador do grupo, o gerente do programa Redes de Cooperação do Ministério Público Estadual, promotor de Justiça Rodrigo Schoeller de Moraes, a principal colaboração do documento será a de levar a todo o Estado uma discussão sobre a abordagem sistêmica dos projetos. "O maior nó que encontramos nos projetos é que a maioria não tem uma visão sistêmica. Este é o ponto. Por exemplo, quando vai se construir uma ponte, só se pensa em termos econômicos e estruturais, daquilo que se precisa materialmente. Costuma-se esquecer que quando se constrói uma ponte, ela tem impactos sociais e ambientais", explicou.
Relatório
Segundo Moraes, o relatório estará organizado em quatro partes. A primeira tratará das tendências do crescimento desordenado e o desafio por novos paradigmas para o desenvolvimento humano; a segunda cita critérios utilizados para ser afirmar que há ou não desenvolvimento harmônico e sustentável; na terceira parte são abordadas as diretrizes ligadas aos três eixos da sustentabilidade: o econômico, o social e o ambiental. O documento termina com um conjunto de sugestões de perguntas a serem feitas nas regiões visitadas pelo grupo.
"Estamos levando para as regiões critérios gerais de desenvolvimento harmônico e sustentável. Dentro de cada tema, é possível aprofundar e criar critérios paralelos para dar maior importância dentro de um determinado foco. Cada região vai avaliar o que lá é mais importante. Um exemplo: a comunidade pode chegar a conclusão que na sua região é preciso aprofundar mais a questão das bacias hidrográficas ou da energia", disse.
De acordo com o coordenador do grupo, em uma segunda etapa, podem ser criadas formas de certificação que premiem os projetos considerados harmônicos e sistêmicos. "No caso dos financiamentos, por exemplo, a entidade financiadora cobra o cumprimento das questões estruturais, mas também pode ser cobrada a questão de participação. Por exemplo: você terá que comprovar que está construindo a ponte, mas também terá que demonstrar que a população está sendo beneficiada", afirmou.
(Por Vanessa Canciam, Agência de Notícias AL-RS, 30/06/2008)