A vereadora Margarete Moraes (PT) falou nesta segunda-feira (30/06), em reunião de lideranças da Câmara Municipal de Porto Alegre, sobre notícia veiculada na imprensa de que o ex-diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Garipô Selistre, será indiciado pela Polícia Civil por formação de quadrilha e tentativa de fraude à licitação de R$ 305 milhões de coleta de lixo na Capital, abortada em 2006. "É outro escândalo muito grave, e sabíamos da suspeita quando propusemos uma CPI do DMLU no início da gestão do prefeito José Fogaça", observou a vereadora. Para Margarete, o prefeito José Fogaça deve explicações aos cidadãos.
Já Aldacir Oliboni (PT) destacou que as irregularidades envolvendo a administração do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) em Porto Alegre não se restringem ao órgão. “Elas também atingem outras instâncias da prefeitura e outros serviços. Precisamos averiguar todo o tipo de denúncia”, afirmou, ao ler carta do Conselho Municipal de Saúde que denuncia as reformas realizadas na unidade de saúde Esmeralda. Conforme Oliboni, foram gastos cerca de R$ 104 mil para pintar as paredes. "Os problemas só foram mascarados com reformas de fachada", criticou.
O vereador professor Garcia (PMDB) explicou que o prefeito José Fogaça tomou todas as medidas necessárias para solucionar os impasses que existiam no DMLU durante a direção de Garipô Selistre. “Foram feitos novos processos licitatórios para os serviços de limpeza e as irregularidades foram sanadas”, esclareceu. Segundo ele, a ação popular encampada pelo vereador Carlos Todeschini (PT) pedindo informações sobre os contratos do departamento foi indeferida pela 5ª Vara Cível de Porto Alegre. “Não há motivos para alarde da oposição. Segundo o juiz, houve perda do objeto da ação", disse Garcia.
(Por Taidje Gut e Ester Scotti, Ascom CMPA, 30/06/2008)