Na madrugada de quinta (26/06) para sexta-feira passada (27/06), dois indígenas do povo Guajajara - que vive próximo ao município de Arame, no Maranhão - tiveram suas casas baleadas. Os indígenas, que vivem entre a aldeia e o município de Grajaú, estavam no momento do atentado em Grajaú.
Os disparos aconteceram entre as 23h30 e 00h30 e os autores deixaram bilhetes com ameaças na porta dos indígenas que diziam: "Instinto de sobrevivência todo mundo tem, mas só alguns têm coragem de matar. Chegou a hora dessa turma morrer". Além da ameaça, os bilhetes continham uma lista com os nomes de seis outros indígenas Guajajara a serem executados.
Na mesma noite, horas antes dos disparos em Grajaú, por volta das 21:30, também foram disparados tiros na aldeia Angico Torto, na terra indígena Araribóia, município de Arame. Nesta ocasião também foi deixada uma cópia do bilhete, contendo as mesmas ameaças mencionadas acima.
Os indígenas tentaram fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia de Grajaú, mas a Polícia Civil no estado encontrava-se em greve e se negou a registrar a queixa.
(Cimi, Adital, 30/06/2008)