Indústria e supermercados lançam programa para reduzir consumo de sacolas plásticas no RS
sacolas e embalagens plásticas
indústria do plástico
2008-06-30
A Plastivida, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, anunciou sexta-feira (28/06) na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), que o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas será lançado no Rio Grande do Sul em agosto. O Programa visa reduzir em 30% o consumo de sacolas plásticas.
Trata-se de uma parceria da Plastivida com o Instituto Nacional do Plástico (INP), a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras), conta também com o apoio da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). O Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas foi lançado em maio em São Paulo e em junho em Santa Catarina.
O programa se inicia com a promoção da melhoria da qualidade das sacolas. Para tanto, elas passam a ser produzidas de acordo com a norma ABNT 14.937. Com sacolinhas mais resistentes – e trazendo o peso que cada uma delas suporta estampado – o consumidor tem a segurança de utilizar apenas uma sacola em sua total capacidade para carregar suas compras. “O consumidor não precisa mais colocar uma sacola dentro da outra para carregar as mercadorias com segurança”, explica o presidente da Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo.
A partir daí, o programa também contempla o treinamento do pessoal que trabalha nos caixas, no empacotamento e também na supervisão dos supermercados para orientarem os consumidores sobre o uso adequado das novas sacolas, sem que haja desperdício. “O caminho rumo à sustentabilidade exigiu dos fabricantes brasileiros uma ação inovadora pôr fim ao desperdício agindo em várias frentes”, afirma Assis.
O presidente da Plastivida lembra que qualquer campanha de mudança de comportamento deve levar em conta os hábitos dos consumidores. “O melhor caminho é oferecer às pessoas alternativas sem deixar de atender às necessidades práticas do seu dia-a-dia”, afirmou Francisco de Assis Esmeraldo.
Pesquisa realizada pelo Ibope no fim do ano passado com 600 mulheres mostrou que nada menos do que 71% delas manifestaram-se favoráveis ao uso de sacolinhas plásticas como a forma ideal para o transporte de compras e 75% entendem que as sacolinhas devem ser fornecidas pelo varejo. Revelou ainda que 100% usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos para esse fim.
Embora jamais se tenha estimulado esse reaproveitamento, os consumidores perceberam a vantagem e fizeram a troca, o que praticamente universalizou, nas áreas urbanas do país, o acondicionamento dos resíduos de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde - e sem acréscimo nas despesas das famílias. “O desafio, portanto, está em promover os 3 Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, ações capazes de sensibilizar as pessoas sobre a importância de usar responsavelmente as sacolinhas”, disse Esmeraldo.
Sobre a Plastivida, o INP e a Abief
A Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos foi fundada em 1994. Nesses 13 anos de vida, acumulou grande conhecimento em áreas como educação ambiental, responsabilidade social e legislação sobre manejo de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva e reciclagem. Com esse perfil, a entidade vem promovendo a interação entre a sociedade, os governos e as indústrias do setor. A utilização ambientalmente correta do plástico está entre seus principais objetivos.
O Instituto Nacional do Plástico (INP) iniciou suas atividades em 1989 com o propósito de atuar como vertente tecnológica da cadeia produtiva do plástico. Trabalha ainda no sentido de tornar o mercado brasileiro de plásticos mais competitivo no cenário internacional e desenvolve projetos a partir das seguintes frentes de trabalho: Qualidade e Produtividade, Tecnologia, Agronegócio, Qualificação Profissional, Normalização, Imagem do Plástico e Exportação.
A Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), criada em 1977, reúne hoje 166 empresas responsáveis pela produção de diversos tipos de embalagens. Tem como um de seus principais objetivos promover a integração de toda a cadeia produtiva do plástico até a empresa usuária de embalagem. A entidade também fomenta a reciclagem de conhecimentos e a atualização tecnológica e mercadológica das empresas do setor nos âmbitos nacional e internacional.
(Yellow Comunicação, texto recebido por e-mail, 28/06/2008)