As bactérias aeróbicas, que precisam de oxigênio para viver, contribuem à produção de gás metano, o qual ajuda a intensificar o efeito estufa, na superfície dos oceanos.
Em artigo publicado no domingo (29) pela revista científica britânica "Nature Geoscience", pesquisadores da Universidade do Havaí (Estados Unidos) explicam que bactérias aeróbicas fixadoras do nitrogênio facilitam uma reação química na qual o metano é produzido. O metano é um gás que intensifica o efeito estufa e contribuiu em 20% ao aquecimento global antes mesmo da Primeira Revolução Industrial.
Os oceanos são uma importante fonte de metano, já que produzem de 1% a 4% das emissões globais anuais. As concentrações de metano na superfície das águas da maioria dos oceanos estão supersaturadas frente às concentrações atmosféricas, mas acreditava-se que a origem deste metano estava em ambientes anaeróbicos.
No entanto, os pesquisadores descobriram, após analisar amostras de águas do litoral do Havaí, que o metano é obtido aerobicamente como um produto da decomposição do metilfosfonato, na qual participam bactérias fixadoras do nitrogênio. Também descobriram que a produção de metano era maior quanto menor fosse a concentração de fosfatos na água marinha.
Os cientistas sugerem que a produção do metano será sensível às mudanças na estratificação das colunas de água e à limitação de nutrientes, provável conseqüência do aquecimento dos oceanos. Portanto, a contribuição de metano dos oceanos à atmosfera pode crescer como resposta à mudança climática.
(Yahoo!, Ambiente Brasil, 30/06/2008)