Cidadãos e cidadãs, escritores, parlamentares, ativistas, professores e entidades demonstram apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e repudiam a criminalização aos movimentos sociais e o relatório do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul que, entre várias observações, sugere o fim do movimento.
Entre centenas de pessoas, assinaram o manifesto Leandro Konder, Ruy Braga, Paulo Arantes, Carlos Walter Porto-Gonçalves, Atilio Boron, Frei Betto, Roberto Leher, Isabel Loureiro, Ivana Jinkings (Boitempo), Marcos Barbosa de Oliveira (Faculdade de Educação da USP), Caio Toledo (Unicamp), Paulo Silveira (Universidade de São Paulo), Reinaldo A. Carcanholo (vice-presidente da SEPLA, Helder Gomes (membro da Sociedad Latinoamericana de Economía Política y Pensamiento Crítico), Clifford Andrew Cliff Welch, Pedro Ivo de Souza Batista (p/Coordenação da Rede Brasileira de Ecossocialistas).
Na última quarta-feira (24), o MST fez uma denúncia formal. na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, que se deslocou a Porto Alegre para acompanhar a situação. Em comunicado, o MST denuncia que o "movimento está sofrendo uma verdadeira ofensiva de forças conservadores no Rio Grande do Sul, que não só não querem ver a terra dividida, como manda a constituição, mas querem criminalizar os que lutam pela reforma agrária e impedir a continuidade do MST".
O documento apresentando no dia 23, uma ata do Conselho Superior do Ministério Público, de dezembro do ano passado, revelou que o MPE pretende proibir qualquer deslocamento de trabalhadores do MST, incluindo marchas e caminhadas, intervir em escolas de assentamento, criminalizar lideranças e integrantes e "desativar" todos os acampamentos do Rio Grande do Sul.
(Adital, 27/06/2008)