Foi assinado na sexta-feira (27/06), em Fortaleza, um convênio entre a Prefeitura de Fortaleza e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que cria a Casa Campo-Cidade e o Banco de Alimentos, projetos de segurança alimentar e nutricional que beneficiará 1.384 famílias e 33 associações envolvidas no processo. Os projetos vão contar com um financiamento de R$ 1.390.828,62, sendo R$ 1.250.000 do MDA e R$ 140.828,62 da prefeitura.
"Esses projetos vão aquecer tanto o mercado consumidor em Fortaleza como a produção dos pequenos agricultores familiares, garantindo sustentabilidade a esses. Toda a cadeia produtiva vai sair ganhando", afirma Marcos Arcanjo, gerente da Célula de Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza. "A prefeitura entende que a cidade vai além de um espaço geográfico. Os moradores devem ter acesso a mercadorias produzidas a partir de conceitos como sustentabilidade e agroecologia", ressalta.
A Casa Campo-Cidade vai desenvolver uma experiência de comercialização de produtos agrícolas e não-agrícolas dos assentamentos de Reforma Agrária do Ceará acompanhados pelo MST, dos agricultores familiares e de comunidades indígenas dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. O objetivo é integrar o campo e a cidade na tentativa de construir uma política de comercialização da agricultura camponesa.
O Banco de Alimentos pretende promover a educação alimentar e nutricional, buscando uma melhoria dos hábitos alimentares e combatendo o desperdício. A qualidade dos alimentos e a quantidade adequada são outros objetivos almejados, na tentativa de assegurar a alimentação e a nutrição dessas populações mais carentes, e, com isso, realizar sua inclusão social.
A licitação para a construção do prédio e para a aquisição de equipamentos já está em andamento. Segundo Arcanjo, será construído um mercado público direcionado para o escoamento de produtos da agricultura familiar. A gestão vai ser estabelecida em parceira com os movimentos dos agricultores e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Nesse mercado, os moradores terão acesso aos alimentos em preços acessíveis, além de espaços para palestras e cursos de capacitação em segurança alimentar.
Haverá também o reaproveitamento dos produtos que não foram vendidos que serão entregue sem nenhum custo a entidades. Os beneficiários desses alimentos serão as crianças de creches municipais, entidades cadastradas na Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) e entidades filantrópicas não contempladas por programas de segurança alimentar e nutricional. As matérias sobre Segurança Alimentar são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.
(Adital, 27/06/2008)