Estimativas oficiais apontam que até 2030 a economia mundial deverá dobrar e a população do planeta passará dos atuais 6,5 bilhões para mais de 8,2 bilhões. Além do salto na demanda global por energia, o mundo tem de se preocupar com o impacto econômico nos países mais pobres.
Previsões como essas direcionam o trabalho da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), entidade criada nos anos 1990 por um grupo de grandes companhias interessadas em incluir a sustentabilidade na agenda dos negócios no Brasil.
Em Porto Alegre ontem, para participar dos Diálogos Itaú de Sustentabilidade, evento promovido pelo Banco Itaú, a diretora executiva da FBDS, Clarissa Lins discorreu sobre o engajamento das empresas brasileiras.
- Há empresas brasileiras realmente engajadas na agenda da sustentabilidade. Estão preocupadas com seu público interno, tentando aumentar o relacionamento com parceiros interessados e melhorar suas práticas e inovar com produtos - garantiu.
Por outro lado, há outras percebendo que não podem mais silenciar sobre o assunto. Então, empacotam para o público um bando de práticas ou eventos não relacionados ao seu negócio e chamam isso tudo de sustentabilidade.
- Mas não se deve generalizar nem para um lado nem para outro - alerta a diretora da FBDS.
Criada por grandes grupos em 1992, a FBDS tem hoje vida própria, e se mantém prestando consultorias a empresas e governos.
(Zero Hora, 27/06/2008)