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cerrado passivos de hidrelétricas
2008-06-27

O processo de destruição da vegetação do Cerrado causa forte impacto ambiental na Floresta Amazônica, que pode, inclusive, vir a desaparecer, mesmo se o desmatamento lá for contido. Foi o que alertou nesta quarta-feira (25/06) o deputado Pedro Wilson (PT-GO), que presidiu a cerimônia de abertura do 2º Seminário de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Alto Tocantins, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. O principal objetivo do evento, que prossegue nesta tarde e amanhã, é discutir a gestão dos recursos hídricos e o potencial impacto de novos empreendimentos hidrelétricos na região.

O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) destacou o grande potencial hidrelétrico e a rica biodiversidade do Alto Tocantins, e advertiu que o desenvolvimento da região precisa ser planejado com cuidado, para evitar o agravamento dos problemas ambientais. Rollemberg defendeu a alocação de mais recursos no Orçamento da União para investimento em desenvolvimento ambientalmente sustentável.

A Bacia do Alto Tocantins abrange 17 municípios goianos, três de Tocantins e áreas inseridas em três administrações regionais do Distrito Federal (Planaltina, Sobradinho, Brazlândia). Ela faz parte da Reserva da Biosfera Cerrado-Goyaz e da Área de Proteção Ambiental (Apa) Pouso Alto. Suas águas também passam pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e pela Estação Ecológica das Águas Emendadas.

Bioma nacional

Pedro Wilson defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, de sua autoria, que reconhece o Cerrado como bioma nacional. A proposta aguarda inclusão na pauta do Plenário. Segundo o parlamentar, o cerrado é a "caixa d'água" do Brasil, pois abriga as nascentes de grandes bacias hidrográficas.

O coordenador do Programa Água para a Vida da organização não governamental WWF Brasil, Samuel Barreto, afirmou que é necessária uma visão sistêmica para o aproveitamento hídrico e hidrelétrico do cerrado. Segundo ele, os empreendimentos não podem ser discutidos separadamente, mas sim sob o ponto de vista de um projeto global para a região.

Já o presidente da ONG Ecodata, Donizete Tokarski, disse que a bacia hidrográfica do Tocantins vive uma situação crítica, como conseqüência do desenvolvimento econômico acelerado; e, portanto, precisa de melhor planejamento ambiental. "E tem que ser agora, porque daqui a dez anos vai ser tarde demais", alertou o presidente da Ecodata, defendendo uma ampla mobilização, em especial junto aos governos de Tocantins e Goiás, para tornar mais limpa a matriz energética regional.

Menor impacto possível

O evento teve um painel exclusivo sobre a matriz energética, cujo debate foi realizado pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman; e o professor Bautista Vidal, idealizador do Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Kelman defendeu maior participação dos biocombustíveis, das hidrelétricas e do gás natural na matriz, a fim de contribuir para reduzir a emissão de gases causadores do aquecimento global. "Não existe impacto zero, toda fonte de energia sempre gera algum nível de problema ambiental; o desafio é obter energia com o menor impacto ambiental e social possível, e para isso é preciso por na balança os prós e os contras de cada projeto", explicou o diretor da Aneel. Kelman rebateu as críticas de ambientalistas à construção de novas hidrelétricas. "Eles têm o dever, então, de apontar as alternativas, porque limitar-se a ficar contra não resolve problema algum", disse Kelman.

Bautista Vidal tratou do papel do Brasil no processo mundial de substituição do petróleo por outras fontes de energia - "um dos temas prioritários do século 21", conforme enfatizou. "Temos tecnologia, sol, água, terra, gente para trabalhar, todas as condições para sermos o maior produtor mundial de bioenergia", afirmou.

(Por Luiz Cláudio Pinheiro, Agência Câmara, 26/06/2008)


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