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gestão de florestas públicas
2008-06-26
O crescimento das florestas públicas brasileiras começa a ser monitorado cada vez mais de perto. O Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, criou nesta quarta-feira (25) uma nova ferramenta para obter informações sobre estas áreas - o Sistema Nacional de Parcelas Permanentes (Sispp) e a rede de monitoramento da dinâmica das florestas brasileiras. Os mecanismos têm objetivo de contribuir para a produção de informações sobre o crescimento e a produção das florestas, além de auxiliar a definição de normas técnicas e a elaboração de políticas públicas que promovam o manejo florestal sustentável.

Parcelas permanentes são áreas demarcadas na floresta e periodicamente remedidas. A instalação e o acompanhamento destas parcelas são uma importante ferramenta para a obtenção de informações espaciais e temporais sobre crescimento e evolução das áreas, de forma a possibilitar o planejamento florestal.

"A gente agora tem um método para acompanhar como se desenvolvem as florestas no Brasil, envolvendo mais de 70 instituições de pesquisa, coordenados pelo Serviço Florestal e tendo a Embrapa Florestas como braço executor na parte de reunião de banco de dados", explica Tasso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro.

O sistema reunirá informações sobre a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Caatinga. E fornecerá elementos sobre quanto cresce uma floresta, quanto tempo ela leva para se regenerar, como se dá a frutificação e floração das espécies e qual a diversidade de espécies por florestas, entre outras informações.

O SisPP vai ser coordenado pelo Serviço Florestal com a finalidade de contribuir para a consolidação, manutenção, comunicação e integração das redes de monitoramento da dinâmica das florestas públicas brasileiras, por meio de reuniões técnicas, discussões temáticas e disseminação de informações sobre o tema. O Modelo Metodológico para o SisPP, foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Florestas, em parceria com técnicos do Programa Nacional de Florestas (PNF), e de outras instituições. Esse modelo convergiu para uma estrutura em rede, buscando a interligação entre iniciativas já existentes e compostas por instituições diversas como órgãos governamentais e universidades, além das redes já existentes como a Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas da Amazônia Brasileira, a Rede de Manejo Florestal da Caatinga, a Rede de Parcelas Permanentes no Cerrado e Pantanal e a Rede de Parcelas Permanentes na Mata Atlântica e Pampa, e também a Rede de Parcelas Permanentes em Florestas Plantadas.

Ao Serviço Florestal cabe a tarefa de organizar as informações provenientes das redes, em nível nacional, disponibilizando-as por meio do Sistema Nacional de Informações Florestais. Outro intuito do SisPP é contribuir para a identificação de linhas de pesquisa relevantes, fontes de financiamento e áreas prioritárias para a instalação de novas parcelas permanentes.

Outra função das redes de monitoramento é proporcionar a integração entre instituições de cada rede, bem como o intercâmbio com outras redes nacionais ou internacionais que apresentem interesses comuns, além de promover fóruns de discussão sobre o monitoramento de florestas tropicais.

De acordo com a última atualização do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, feita dia 20, o Brasil tem 210 milhões de hectares de florestas públicas. A maior parte dessa área é federal, pois o Serviço Florestal ainda não recebeu dados sobre as florestas estaduais. A expectativa é que, com essas informações, a área de mata chegue a 300 milhões de hectares.

(MMA, 25/06/2008)

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